Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
CAMPOS, Thayná Tobias da Silva |
Orientador(a): |
FONTE, Eliane Maria Monteiro da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Sociologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50419
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Resumo: |
Esta dissertação tem como objeto de análise os internos do Centro de Saúde Penitenciário de Pernambuco (CSP-PE), antigo Hospital de Custódia e Tratamento psiquiátrico (HCTP). O foco do estudo são as vivências desses interno-pacientes e suas relações com a doença mental. Para entender tais questões, intenciona-se discutir alguns pontos, tais como a relação entre criminalidade e loucura e entender como estes criminosos portadores de distúrbios mentais enxergam a si mesmos. Como ponto de partida, busca explicar a ideia de existência, formação e função de um CSP/HCTP – e para isso não se podem deixar de fora as discussões que perpassam a Reforma Psiquiátrica. Longe de se fundamentar em alegorias extravagantes, o trabalho busca entender a percepção que um criminoso insano tem de si mesmo e segui-lo na sua trajetória de internações, procurando compreender como ele se enxerga nesse duplo lugar de preso e paciente. A pena é uma reação da sociedade à ruptura do vínculo de solidariedade social (DURKHEIM, 1999), mas cabe analisar como esse tipo de punição se aplica a pessoas inimputáveis. Sendo assim, a pesquisa teve por função entender a estrutura de funcionamento do CSP e analisar as vivências de seus interno-pacientes, buscando compreender suas relações com a doença mental e suas percepções de si mesmos. O trabalho teve como principais métodos de pesquisa a observação participante e a entrevista semiestruturada, a fim de priorizar o discurso dos próprios pesquisados sobre a sua pessoa. Não se busca estabelecer um ponto final para a questão sobre serem pacientes ou presidiários, o que se almeja é, na verdade, expor a compreensão deles sobre o seu lugar e, como se verá no decorrer do trabalho, esse entendimento é dúbio. Entrevistar pessoas portadoras de transtornos mentais é um desafio quando se pensa em analisar seus discursos, já que alguns deles não conseguem distinguir entre realidade e imaginação ou não são capazes de seguir uma linha de raciocínio clara. Nada disso impede, no entanto, que eles se façam compreender à sua maneira. Esta é uma pesquisa que exigiu muita sensibilidade para ser feita e pede o mesmo nível de empatia para quem vai lê-la. |