Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Luis Lucas Dantas da |
Orientador(a): |
MATOS, Junot Cornélio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao Integrada em Filosofia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41176
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Resumo: |
“Pensamento e Juízo em Hannah Arendt: uma filosofia como chave de compreensão do mundo e da pluralidade” é uma leitura que visa compreender como a atividade de pensar e de julgar corrobora para a compreensão da condição humana a partir da teoria política de Hannah Arendt. Elaborado com base na metodologia hermenêutica, o trabalho foi organizado em cinco abordagens, sendo inicialmente: (I) a teoria política, o mundo e a pluralidade; (II) o pensamento e o juízo como uma questão filosófica; ademais, prossegue o estudo na ênfase das seguintes obras arendtianas: (III) A condição humana, (IV) A vida do espírito e (V) Lições sobre a filosofia política de Kant. É no mundo que o “entre” se faz condição de possibilidade e nele se consolida a atividade política. Daí refletirmos a importância de se pensar uma relação entre política e mundo, que se materializa por via da Pluralidade, ou seja, da ação humana. Sobre pensamento e juízo como uma questão filosófica, elencamos que se o pensamento é uma atividade que confere auxílio para conhecermos as coisas, o juízo, por sua vez, confere-nos o discernimento e ambos refletem a atividade humana predisposta a uma atuação no âmbito comunitário e permeada pelo diálogo, pela responsabilidade, independente dos modos particulares de falar e de agir. Em A condição humana, a teoria política enfatiza, pois, o aprofundamento de outros elementos de igual importância, tais como: público, social, poder e democracia. Em A vida do espírito, as faculdades espirituais – pensar, querer e julgar – são analisadas considerando a teoria política na relação com a vontade, a liberdade e a ação. Os elementos expostos concernem para o domínio público. Pontuamos que o pensamento sem o juízo torna-se prisioneiro das suas crenças e, por outro lado, somente através da aliança com o pensamento, o juízo adquire uma dimensão reflexiva. Sobre o pensamento e o juízo em Lições sobre a filosofia política de Kant, o sensus communis e a dimensão política considerada a partir do juízo em sua característica reflexionante são a contribuição teórica que fundamenta a construção do sentido e da permanência dos homens no mundo comum e plural. Nessa lógica argumentativa, a análise de Hannah Arendt sobre o juízo do gosto kantiano assume um lugar especial, porque resguarda a leitura que fazemos de que o juízo estético é o julgamento da [re]conciliação, isto é, procede com a capacidade de discernimento no qual cada indivíduo se reconhece, mesmo na contrariedade de não ter sua premissa escolhida no espaço do debate, porque também entende que ali não é o lugar do “que eu quero”, mas do que a comunidade delibera e entende como necessário para o embelezamento do existir dos homens ou, como ressaltamos, do agir refletido na pluralidade e no mundo comum, convidativo para abrigar os acontecimentos e eventos dos homens. Finalizamos, portanto, com a proposição que segue: a construção de sentido para a vida de cada indivíduo se dá mediante o exercício do pensar e, em seguida, se constrói na relação entre pensamento e juízo. |