Pegando carona : fungos transportados por ectoparasitos de morcegos cavernícolas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: CARVALHO, João Lucas Vitório Ribeiro
Orientador(a): MOTTA, Cristina Maria de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50566
Resumo: A mais de 100 anos, estudos buscam identificar fungos associados a moscas ectoparasitas de morcegos. Essas moscas hematófagas normalmente referidas como bat flies são exclusivamente associadas aos morcegos. A maioria dos estudos envolvendo fungos em bat flies tem considerado a identificação de fungos parasitas da ordem Laboulbeniales, todavia, faltam estudos que as avaliam como vetores de propágulos fúngicos não parasitas aos morcegos. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi conhecer a diversidade de fungos associados as moscas ectoparasitas de morcegos coletadas em uma caverna localizada no domínio Caatinga, no Parque Nacional do Catimbau, estado de Pernambuco. Para isso, 98 moscas foram coletadas de dez morcegos capturados na caverna Furna do Morcego, no município de Ibimirim. A fim de se conhecer a comunidade fúngica associada a esses ectoparasitas, foram utilizadas cinco metodologias de isolamento em três meios de cultura. Foram obtidos 37 isolados pertencentes a cinco ordens em Ascomycota (Pleosporales, Eurotiales, Capnodiales, Hypocreales, Microascales), e um isolado da ordem Tremellales em Basidiomycota. A riqueza total dos fungos associados as moscas foram de 13 táxons. Com base em análises morfológicas e filogenéticas, duas novas espécies de Ascomycota foram descritas. Também foi construída uma lista mundial de estudos que identificaram fungos associados as moscas ectoparasitas, demonstrando que esses insetos podem ser um grupo especioso de vetores para fungos e enfatizando a necessidade de avaliar a diversidade fúngica associada a esses ectoparasitas.