Análise de danos citogenéticos em linfócitos humanos expostos ao Radônio-222

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, Laís Melo da
Orientador(a): MELO, Ana Maria Mendonça de Albuquerque
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45908
Resumo: A exposição dos seres humanos a radionuclídeos que ocorrem naturalmente no meio ambiente e como estes interagem e são incorporados no organismo é uma das preocupações da Radioecologia. Essa exposição varia em graus dependendo da localização da fonte de exposição, presente em diversas partes do ecossistema, e do cotidiano do indivíduo exposto. Estudos realizados em municípios da região metropolitana do Recife verificaram a presença deradionuclídeos como o radônio na atmosfera, no solo e nas águas nesses locais. No entanto, ainda existe a necessidade da realização de um estudo de biomonitoramento humano na população residente dessa região. Para que esse estudo ocorra é necessário verificar a adequação de técnicas biodosimétricas, que se propõe a avaliar a frequência de danos causadospor radiações ionizantes ao organismo, mensurando, quando possível, o nível de exposição a que foram submetidos. Neste trabalho foram avaliadas três técnicas biodosimétricas, sendo elas: Técnica do Cromossomo Dicêntrico, Técnica de Micronúcleo e Ensaio Cometa. Otrabalho propôs a exposição in vitro de amostras de sangue humano periférico ao gás Rn222 em quatro diferentes concentrações, sendo elas 93,3; 66,1; 26,0 e 19,4 KBq/m3, e ainda um grupo de amostras controle não-expostas. As amostras foram processadas e os linfócitos obtidos foramavaliados para cada uma das técnicas, a saber metáfases para a técnica de dicêntrico, células binucleadas para a técnica de micronúcleo e células mononucleadas individuas para o ensaio cometa. Os resultados demonstraram a sensibilidade do ensaio de dicêntrico, corroborando-o como padrão ouro da biodosimétricas. Evidenciaram o ensaio cometa como técnica promissora para a classificação entre a presença ou ausência de exposição. Entretanto, a técnica de micronúcleo não se mostrou satisfatória, pois a frequência de micronúcleos permaneceu à esperada para amostras não expostas. Desse modo, das três técnicas avaliadas, a técnica de dicêntrico e o ensaio cometa se mostraram adequados a evidenciarem a exposição à radiação, diferenciando amostras expostas e não expostas, sendo a técnica de dicêntrico animadora para a avaliação do nível de exposição, podendo ser utilizada como base para estudos futuros, in vitro e de biomonitoramento.