Efeito preventivo do exercício em meio aquático sobre a instalação da tendinopatia do tendão do calcâneo em ratos diabéticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: BEZERRA, Márcio Almeida
Orientador(a): MORAES, Silvia Regina Arruda de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10846
Resumo: Diabetes Mellitus é uma síndrome metabólica com índices de prevalência alarmantes na população geral. As complicações causadas pelas alterações metabólicas, principalmente pelos níveis elevados de glicose circulante, geram fragilidade do sistema músculo-tendíneo, podendo cursar com degeneração e ruptura. Uma forma de diminuir o avançar da síndrome é utilizando terapêuticas que aumentem a metabolização da glicose pelo organismo, tendo o exercício físico como propedêutica precípua. OBJETIVO: Realizar uma revisão sistemática sobre as repercussões do exercício físico aeróbio sobre o tendão de modelos experimentais e avaliar o efeito do exercício físico aeróbio em meio aquático pré e pós-indução sobre as alterações dos parâmetros clínicos e metabólicos e a instalação da tendinopatia do tendão do calcâneo em ratos induzidos ao diabetes experimental. METODOLOGIA: foram utilizados 54 ratos Wistar machos (70 dias de vida; 314,57g ± 36,54) distribuídos aleatoriamente em quatro grupos, Grupo controle (GC; n=15), Grupo Natação (GN; n=12), Grupo Diabético (GD; n=15), Grupo Diabético Natação (GDN; n=12). Os grupos treinados foram submetidos ao treinamento em um tanque com temperatura da água a 30±1ºC, durante 1h/dia, 5 dias/semana durante oito semanas, enquanto os não treinados permaneceram restritos dentro das gaiolas. Todos os animais receberam ração e água ad libitum, além de serem mantidos em um ciclo invertido claro/escuro de 12h. A avaliação do consumo hídrico, ingestão sólida e urina foram realizadas em dois momentos do protocolo de treinamento, contudo os níveis glicêmicos foram analisados durante todo o experimento. Após o período experimental, os animais foram eutanasiados e o tendão do calcâneo da pata traseira esquerda do animal coletado. O tendão foi encaminhado para a realização do ensaio mecânico em uma máquina de ensaio convencional EMIC (modelo DL 500, Brasil) através de garras auto travantes e fixados a conectores de metal (2,5 x 3,5 cm). As amostras tendíneas foram tracionadas até o ponto de fracasso e captadas por uma célula de carga. Do gráfico tensão x deformação foram analisados os dados biomecânicos. Para a análise estatística foi utilizado o teste ANOVA one-way (p<0,05). RESULTADOS: O exercício físico foi capaz de diminuir os níveis glicêmicos dos animais diabéticos treinados, porém sem o retorno a normalidade. Quanto às alterações biomecânicas e estruturais tendíneas, o treinamento não evitou o aumento da rigidez tendínea (módulo elástico), a 13 diminuição da área de seção transversal e o aumento da tensão no tendão. CONCLUSÃO: O exercício físico em meio aquático, aplicado de maneira preventiva e continuada, não foi suficiente para reverter às complicações tendíneas geradas pelo diabetes, permanecendo o tendão predisposto a lesões, nem regularizar os parâmetros clínicos avaliados. Contudo, um sinal de controle glicêmico foi perceptível através do treinamento físico após a indução ao diabetes experimental.