Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
OLIVEIRA, Leidiane Souza de |
Orientador(a): |
COSTA, Mônica Rodrigues |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Servico Social
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46445
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Resumo: |
O contexto econômico e político das duas primeiras décadas dos anos 2000 se caracteriza por uma acentuada disputa ideológica entre o conservadorismo e o feminismo, permeada pela ascensão da dinâmica capitalista em crise e suas requisições ao Estado brasileiro a fim de privilegiar a lucratividade em detrimento do atendimento às necessidades humanas. Desse modo, surgem tanto sujeitos políticos representantes dos ideais conservadores quanto feministas, que vão disputar perspectivas conflitantes, servindo de base para nossa análise. Procedemos, assim, com uma pesquisa de caráter qualitativo e recorremos à análise documental e bibliográfica, sob a ótica do método materialista histórico e dialético de base ontológica. A partir disso, temos como objetivos: identificar as determinações que particularizam o avanço do conservadorismo, do patriarcado e do racismo nas políticas e nos programas destinados às mulheres no século XXI; analisar as principais tendências ideopolíticas que sustentam as políticas e programas voltados aos direitos das mulheres a partir dos anos 2000; e apreender como se expressa a correlação de forças (que denominamos disputas ideopolíticas) entre a agenda feminista classista e a agenda liberal e conservadora nas pautas feministas, os sujeitos políticos que a defendem e seus interesses. Nos detemos em conceitos e categorias como crise do capital, patriarcado e conservadorismo. Para além disso, analisamos documentos e publicações nos sites e blogs dos sujeitos que caracterizamos como conservadores: o Movimento Brasil Livre (MBL), o Escola Sem Partido, a Bancada Evangélica e o Movimento Brasil Conservador (MBC). Em contraposição, analisamos documentos e matérias de blogs e redes sociais dos movimentos feministas Pão e Rosas, Movimento Mulheres em Luta, Coletivo Ana Montenegro e Resistência Feminista, que atuam em conjunto a outros movimentos sociais e partidos e que surgiram no contexto dos anos 2000. É inegável que as forças conservadoras crescem aliadas à regressão de direitos e aos ataques à democracia, além de se sustentar no patriarcado e no racismo. Os movimentos feministas que analisamos desenvolvem ações de formação, divulgam seus posicionamentos políticos e realizam mobilizações e protestos, que os colocam como sujeitos coletivos ativos na sociedade. Sendo assim, crescem as lutas feministas, anticapitalistas e antirracistas, cujas possibilidades e desafios seguem o curso histórico da luta de classes no Brasil. Foi possível identificar que, em grandes medidas, esses movimentos se aproximam em suas ações, com algumas diferenças como maior atuação no Sul e Sudeste, no caso do Pão e Rosas e Movimento Mulheres em Luta (MML), e com alguns mais focados no combate ao racismo, a exemplo da resistência feminista e do Coletivo Ana Montenegro (CFCAM), sendo outros movimentos focados em ações mais genéricas. |