Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
BARBOSA, Artur Felipe Santos |
Orientador(a): |
PITTA, Suely Lins Galdino e Ivan da Rocha |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13353
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Resumo: |
A doença de Chagas e a Leishmaniose cutânea são duas doenças de grande relevância a saúde pública mundial. Acredita-se que as duas doenças juntas infectam aproximadamente 20 milhões de pessoas atualmente, em mais de 80 países. Trypanosoma cruzi e Leishmania braziliensis são os agentes etiológicos da doença de Chagas e Leishmaniose cutânea, respectivamente, e fazem parte da família dos Tripanossomatídeos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, são classificadas como Doenças Tropicais Negligenciada pela carência de tratamentos disponíveis, sendo os disponíveis repletos de efeitos colaterais, pelos poucos financiamentos de pesquisas para diagnóstico e tratamento das mesmas. Atualmente, estas doenças contam com medicamentos comercializados a mais de 40 anos, os quais já não são tão eficazes em várias situações, além de serem tóxicos e alguns necessitarem de uma intervenção hospitalar. A pesquisa por novos tratamentos e terapias são incentivados pela Organização Mundial de Saúde. A fotoquimioterapia antiparasitária é uma técnica que baseia-se na administração de uma substância sensível a luz (fotossensibilizador) e em seguida, a irradiação desta substância por uma fonte de luz (Laser ou LED), para que haja excitação da molécula fotossensibilizadora e esta reaja com o parasito a ser eliminado através da formação de Espécies Reativas de Oxigênio (EROs). Os derivados fenotiazínicos (azul de metileno e azul de toluidina) apresentaram-se como ótimos candidatos a moléculas fotossensibilizantes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade tripanocida e leishmanicida da Fotoquimioterapia Antiparasitária, utilizando os derivados fenotiazínicos azul de metileno e azul de toluidina, como moléculas fotossensibilizantes, identificando as suas máximas concentrações atóxicas e a melhor configuração do laser excitante destas moléculas. Para avaliar a citotoxicidade dos compostos foram realizados três experimentos distintos (incorporação de timidina tritiada, ensaio com o cristal violeta e através do Alamarblue). Posteriormente foi realizado teste de atividade tripanocida e leishmanicida destes composto. Testou-se a ação isolada dos compostos (fase escura) contra as diversas formas evolutivas do T. cruzi e do L. braziliensis bem como com os compostos sendo excitados pelo laser (fase clara). Após estes experimentos constatou-se uma boa ação da Fotoquimioterapia Antiparasitária utilizando os derivados fenotiazínicos como fotossensibilizadores. Os resultados de citotoxicidade pelos três métodos testados, indicaram que a máxima concentração atóxica dos compostos foi equivalente a 20 μg/ml ou 25 μM. O laser em sua melhor configuração (λ = 660 nm, 40 mW, 4.2 J/cm2, CW) ocasionou modificações morfo-estruturais nas formas epimastigotas de T. cruzi, porém não apresentou estimulação ou inibição na proliferação parasitária. Foi constado apenas uma espécie de resistência dos macrófagos irradiados à infecção por amastigotas de T. cruzi. Para os T. cruzi o composto Azul de Metileno apresentou os melhores resultados como fotossensibilizador associado ao laser, com um IC50 (0,4607 μM) bem menor que o do fármaco padrão de tratamentos que é o benzonidazol (IC50 = 3,8 μM) e contra o L. braziliensis o composto Azul de Toluidina apresentou os melhores resultados (10 μg/ml) associado ao laser. Desta forma conclui-se que a Fotoquimioterapia Antiparasitária utilizando os derivados fenotiazínicos Azul de Metileno e Azul de Toluidina como fotossensibilizadores foi eficaz nos ensaios in vitro e revela-se promissora para ensaios clínicos contra a doença de Chagas e a Leishmaniose cutânea. |