Distribuição espacial dos peixes Scarinae em recifes do litoral sul de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: SANTOS, Marcus Vinícius Bezerra dos
Orientador(a): ARAÚJO, Maria Elisabeth de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10642
Resumo: Os peixes da subfamília Scarinae constituem um grupo dominante de herbívoros importantes para a pesca que apresentam diferentes padrões de usos de habitats em ambientes recifais. A pesquisa teve como objetivo analisar a distribuição espacial desses peixes em função da composição algal e complexidade estrutural em três recifes costeiros do litoral sul de Pernambuco: Porto de Galinhas, Serrambi e São José da Coroa Grande. Para cada localidade foram amostrados três pontos, de janeiro de 2012 a fevereiro de 2013, totalizando 27 campanhas. Os peixes foram quantificados por censos visuais, utilizando-se 04 transectos de faixa (20 m x 1 m), com uso de equipamento autônomo, tendo cada mergulho 02 horas de duração. Para cada transecto, foram colocados e fotografados 04 quadrantes para identificar e estimar os percentuais algais (grupos morfofuncionais). Dentre as oito espécies pertencentes aos gêneros Scarus e Sparisoma, registradas para o litoral brasileiro, cinco foram identificadas: Scarus zelindae (n = 22), Sc. trispinosus (08), Sparisoma axillare (657), Sp. frondosum (09) e Sp. amplum (08). A espécie Sp.axillare foi a mais representativa (94% do total), diferindo entre os pontos amostrais (F=7.95; p<0,001). As abundâncias de peixes em São José foram mais elevadas variando entre Porto (p= 0,039) e Serrambi (p<0,001). A composição do substrato algal dos recifes foi bem representada pelas algas calcárias articuladas. Em São José, as algas foliáceas foram mais comuns, diferindo entre as praias (K=18,34; p<0,001), enquanto em Porto as algas cilíndricas variaram (F=25,79; p<0,001) em relação às demais. As três variáveis com maior influência sobre a abundância de Sp. axillare foram: profundidade e cobertura de algas foliáceas, tendo relação positiva; percentual de substrato nu com relação negativa. Quanto ao efeito causado pela interação destas variáveis, a profundidade e abertura da piscina apresentaram o maior percentual de explicação (13,6%). A influência dos fatores estudados na comunidade íctia é complexa. Embora a soma dos efeitos individuais dos fatores seja pequena (≈ 30%), o somatório das interações sobre as espécies desta subfamília atinge cerca de 70%.