Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
LIMA, Renata de Camargo Pinto Rocha |
Orientador(a): |
FERREIRA, Aurino Lima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23846
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Resumo: |
Esta pesquisa foi um exercício de pensamento para problematizar os trabalhos de Klauss Vianna como abertura ao corporar da presença para um caminho de transformar-se a si- mesmo por si mesmo. Por essa razão, apresentamos uma perspectiva de seus trabalhos como Prática Klauss Vianna- (PKV) ao campo educacional, ressaltando nossa preocupação com a crise da experiência formativa na modernidade, e dessa maneira, pensar como o corpo está posto na educação, pois entendemos que o corpo relaciona-se ao lócus originário de toda experiência formativa. Mais especificamente, nossa intencionalidade foi realizar ensaios a partir dos movimentos da prática Klauss Vianna com adolescentes de periferia no Recife e frequentadores do NEIMFA- (Núcleo Educacional Irmãos Menores Francisco de Assis) na região do Coque, de maneira a estimular uma abertura para encontrar um estado de presença distanciada da substancialidade do sujeito do ego. Sendo assim, procuramos uma aproximação com si-mesmo, visto por nós como um momento de desvelamento ou de clareira do ser, um estado de encontro com a verdade, entendida como aquela que resulta não da objetividade do conhecimento, mas de um trabalho de si sobre si mesmo. Para tanto recorremos às noções heideggerianas de corporar, disposição afetiva, abertura à presença e clareira. Nessa perspectiva, realizamos uma pesquisa participante de modo que todo o seu desenvolvimento foi um acontecimento em ação da prática Klauss Vianna junto à dez adolescentes. A composição da escrita, estabeleceu-se a partir do diálogo corporado com os autores envolvidos através de suas obras, caracterizando-se uma experiência de movimentos/pensamentos num processo de criação. Como resultado pudemos dar relevância a como o corpo está subsumido nos processos educacionais a ponto de não podermos sentí-lo enquanto presente, e muito menos, nos colocarmos enquanto presença em si-mesmos afim de sermos autores da própria vida, construindo nossos gestos pelas verdades emergentes em estado de experiência. Observamos que a Prática Klauss Vianna pôde estimular uma abertura pela maneira como a sensibilidade corporal foi afetada através qualidade de estar em movimento, de modo que, pesquisadores e participantes se colocaram em jogo, e mesmo que ainda de forma bastante tímida, uma fala espontaneamente franca se deu em momentos nos quais cada um era tocado pelo estado de estar presente. Acreditamos que tocar nessa verdade é um caminho de uma experiência formativa, e que no estado de presença, podemos estar mais resistentes às formas de governabilidade da vida, e assim, sermos autores da própria vida e construir mundos outros para viver. Pensar a educação por essa margem do corpo na experiência da Prática Klauss Vianna, foi uma abertura à possibilidades de buscar avançar nos processos de formação humana. |