Potencial de aplicação dos óleos essenciais de orégano (Origanum vulgare L.) e alecrim (Rosmarinus officinalis L.) como sanitizantes naturais em hortaliças minimamente processadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: AZERÊDO, Geíza Alves de
Orientador(a): STAMFORD, Tânia Lúcia Montenegro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8792
Resumo: Considerando que os compostos sintéticos comumente empregados na sanitização de hortaliças vêm apresentando baixo espectro de ação antimicrobiana e ainda acarretando prejuízos à saúde do consumidor, os óleos essenciais surgem como alternativas naturais para aplicação nestes produtos, haja vista os destacáveis resultados na inibição de micro-organismos deteriorantes e patogênicos de interesse em alimentos. O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial de aplicação dos óleos essenciais de orégano (O. vulgare L.) e alecrim (Rosmarinus officinalis L.), isolados e combinados em concentrações sub-inibitórias, como sanitizantes naturais em hortaliças minimamente processadas. As hortaliças utilizadas foram alface e acelga e as bactérias-teste foram Listeria monocytogenes, Yersinia enterocolitica, Pseudomonas fluorescens e Aeromonas hydrophila. Foram realizados ensaios antibacterianos de concentração inibitória mínima (CIM), concentração bactericida mínima (CBM), concentração inibitória fracionada (CIF), dinâmica de crescimento bacteriano, interferência dos óleos sobre a microbiota natural e sobre a sobrevivência das bactérias-teste associadas com hortaliças; testes de investigação dos possíveis mecanismos de ação antibacteriana dos óleos essenciais (efeito dos óleos sobre a liberação de material citoplasmático e a utilização de substrato oxidável, e ensaios microscópicos de superfície, ultraestruturais e de viabilidade de membrana); além de avaliação sensorial. Os dados foram analisados pelo programa SigmaStat 3.1, sendo realizadas análise de variância e a comparação das médias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Conforme as concentrações inibitórias mínimas, P. fluorescens comportou-se como a bactéria mais resistente, com valores de CIM de 5 e 40 &#956;L/mL para os óleos essenciais de orégano e alecrim, respectivamente, confirmando a maior efetividade antimicrobiana do óleo essencial de orégano. Quando aplicados em combinação, em concentrações sub-inibitórias, os óleos essenciais tiveram suas ações potencializadas, indicando efeito sinérgico para L. monocytogenes, Y. enterocolitica e A. hydrophila, e efeito aditivo para P. fluorescens. Isolados ou combinados em concentrações sub-inibitórias, os óleos essenciais de orégano e alecrim promoveram significativos resultados (p<0.05): decréscimo na dinâmica de crescimento bacteriano, tanto em caldo laboratorial como em caldo vegetal de todas as bactérias-teste; redução da microbiota natural das hortaliças; rápida inibição da utilização de glicose como substrato oxidável; distúrbios na permeabilidade das membranas celulares com liberação de constituintes citoplasmáticos; e, por fim, diversas alterações microscópicas de superfície/ultra-estruturais e de membrana, como demonstrado em suas respectivas análises de microscopia eletrônica e de fluorescência confocal. A avaliação sensorial das hortaliças tratadas com os óleos essenciais revelou que os provadores preferiram as hortaliças tratadas com a combinação dos dois óleos essenciais, ao invés da aplicação isolada de um deles, após 72 h de armazenamento refrigerado. Diante dos resultados obtidos, sugere-se a aplicação combinada dos óleos essenciais de orégano e alecrim, em concentrações subinibitórias, na sanitização de hortaliças minimamente processadas