Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Antônio Severino da |
Orientador(a): |
FRANCO, Maria Joselma do Nascimento |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao Contemporanea / CAA
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49516
|
Resumo: |
A pesquisa tem como objeto as “Memórias pedagógicas quanto aos saberes camponeses na formação dos estudantes e dos professores do campo”. Desenvolvida no Programa de Pós graduação em Educação Contemporânea (PPGEudC), na Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico do Agreste, na linha Docência, Ensino e Aprendizagem. Situa-se nas discussões acerca dos saberes do campo, com foco na relação memórias pedagógicas e os saberes camponeses, na formação dos sujeitos. O campo pesquisado foi uma escola campesina no Agreste pernambucano. O problema de pesquisa: Quais as memórias pedagógicas da educação do campo, e nelas os saberes camponeses, que emergem na formação de seus estudantes e dos professores? Como objetivo geral: Analisar as memórias pedagógicas da educação do campo e nelas os saberes que emergem na formação de seus estudantes e dos professores. E específicos: Identificar que saberes do campo circulam nos documentos oficiais que tratam da educação do campo; levantar as memórias pedagógicas que impulsionam a formação dos/as estudantes e dos/as professores/as no contexto camponês; e analisar a influência das memórias pedagógicas na condução da vida, a partir do paradigma da educação do campo. Fundamentamos os saberes dos povos nos territórios campesinos em Lemos (2013), as instituições escolares do campo em Freire (2006), Alencar (2016), Aroyo (2009), Hage (2005), Caldart (2002) e Lage (2013); e as memórias pedagógicas do campo em Bosi (2003), Halbwachs (2006) e Seligmann-Silva (2012). A metodologia é de abordagem qualitativa, com procedimentos de análise documental e análise de conteúdo (MORAES, 1999). Os resultados mostram que os saberes do campo nos marcos legais não garantem as experiências formativas pautadas no paradigma educação do campo a partir da classe trabalhadora. Os saberes do campo, nos documentos oficiais próprios dos estudantes, são pautados na identidade rural, na memória coletiva, na rede de ciência e tecnologia, nas relações entre escola, comunidade e nos movimentos sociais, na solidariedade e no diálogo com a sociedade. A influência das memórias pedagógicas na condução da vida, a partir do paradigma da educação do campo, mostram que a afetuosidade mobiliza sujeitos a resistirem e transformarem o território, a partir das relações entre humanos, a natureza e a cultura. As memórias pedagógicas que impulsionam a formação dos participantes no contexto camponês vão se reinventando, apropriando-se da cultura, construindo a trajetória sócio histórica, os saberes, os valores, a concepção de mundo e o conceito de educação na vida dos sujeitos. Enfim, as memórias pedagógicas da educação do campo e nelas os saberes que emergem na formação dos participantes, temos a força e a potência destas mobilizando os sujeitos, as lutas e os saberes na superação dos desafios no território, tendo a educação como resistência, construindo-se a partir do vivido, dos saberes, do trabalho e das memórias. Os “achados” explicitam a necessidade da superação da concepção da educação rural, que impossibilita os saberes chegarem ao currículo e à prática educativa, além de mobilizar os saberes/fazeres coletivos marcantes na identidade dos sujeitos e sua relação com o território. |