Efeitos do fator de crescimento de fibroblastos de reação básica (FCFβ) e do seu anti-fator na maturação do colágeno de feridas infectadas da pele de ratos
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Cirurgia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35937 |
Resumo: | As feridas cirúrgicas abertas cicatrizam por contração de suas bordas e por migração de células epiteliais. A infecção é um dos principais fatores que afetam a evolução fisiológica das feridas operatórias. O objetivo do presente trabalho é verificar se a aplicação tópica do fator de crescimento de fibroblastos de reação básica (FCF) através do estímulo exógeno à reação inflamatória e á fibrogênese afeta a maturação do colágeno. Realizou-se um estudo experimental em ratos Wistar com feridas infectadas da pele do dorso. Foram operados sessenta ratos (n=60) com peso de 270±23g, anestesiados com pentobarbital sódico na dose de 20mg/kg, pela via intraperitonial. Foram realizadas duas feridas excisionais com 1cm², atingindo toda a espessura da pele do dorso dos animais, distando cerca de 4cm uma da outra, denominadas feridas F1 (para análise da inflamação) e F2 (para histoquímica do colágeno). As feridas dos animais do grupo A (n=30) foram contaminadas com solução multibacteriana e nos animais do grupo B (n=30) não se aplicou tal solução. Cada grupo foi dividido em três subgrupos: subgrupos A1, B1; A2, B2; A3 e B3. O tratamento tópico das feridas dos subgrupos A1 e B1 foi feito com solução salina, os ratos A2, B2 foram tratados com FCF e os subgrupos A3 e B3 foram tratados com o anti- FCF. A análise estatística foi realizada pelo teste F para variáveis paramétricas e pelo teste de Tukey para análise de comparações múltiplas com nível de significância de 0.05. Foram analisados: tempo para a completa cicatrização de F2, a síntese do colágeno dos tipos I e III, a reação inflamatória e a maturação do colágeno. Para análise qualitativa das fibras do colágeno utilizou-se o método histoquímico do Picro Sirius Red. A determinação da intensidade da resposta inflamatória e das moléculas do colágeno realizou-se com auxílio do programa Image Pro-Plus, Media Cybernetics. Os animais foram observados até o completo fechamento das feridas sendo então sacrificados com superdose de anestésico. Com relação a variável tempo de cicatrização, verificou-se que a solução contaminante retardou o tempo de cicatrização e a aplicação tópica de FCF provocou reversão significante do quadro. A resposta inflamatória foi mais intensa no subgrupo B2, revelando diferenças significantes com relação aos subgrupos B1 e A3. Na análise quantitativa do colágeno do tipo I observou-se que em todos os subgrupos tratados com o FCFβ houve uma maior concentração quando comparado aos subgrupos não tratados. Com relação à análise quantitativa do colágeno do tipo III, observou-se uma baixa concentração dessa proteína nos animais do subgrupo B3, com diferença significante comparando-se aos demais subgrupos. O FCF contribuiu para acelerar o processo cicatricial, reduzindo o tempo médio de cicatrização de feridas infectadas e não infectadas da pele de ratos. Contribuiu para a maturação do colágeno através do aumento da densidade do colágeno do tipo I, bem como incrementou a produção do colágeno tipo III. O anticorpo anti-FCF foi capaz de bloquear a produção do colágeno nas feridas estudadas. |