Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Lima, Edvaneide Leandro de |
Orientador(a): |
Cáceres, Marcela Eugenia da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12661
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Resumo: |
O Filo Ascomycota é o maior grupo de fungos, com cerca de 64.000 espécies. Deste total, 46% são liquenizados, ou seja, o fungo (micobionte) associa-se a uma alga e/ou cianobactéria (fotobionte), formando uma unidade biológica estável e autossuficiente conhecida como líquen. Os liquens apresentam ampla distribuição geográfica, são encontrados também em ambientes como o bioma Caatinga, que apresenta longos períodos de estiagem, sendo um dos biomas brasileiros menos conhecido do ponto de vista liquenológico. Este trabalho teve como objetivo estudar a riqueza e a composição de liquens em áreas de Caatinga localizadas no Parque Nacional do Catimbau (PARNA Catimbau), no município de Buíque, Agreste de Pernambuco. O PARNA Catimbau apresenta vegetação caducifólia e xerófita, plantas de porte arbustivo-arbóreo, solo arenoso, altitude entre 700 e 1.000 m e precipitação média anual entre 300 a 500 mm. Foram realizadas quatro visitas de coletas, sendo uma para reconhecimento das áreas (piloto) e três coletas sistemáticas de material liquênico. O material coletado foi levado ao laboratório para identificação, descrição, documentação fotográfica e avaliação dos seguintes fatores ecológicos: pH, diâmetro à altura do peito (DAP), umidade e temperatura do hospedeiro e do ambiente, que foram mensurados no campo. A partir do material obtido nas quatro coletas, foram identificadas 210 espécies de liquens corticícolas crostosos, sendo 15 espécies novas para a ciência, sete novas ocorrências para o Brasil (Arthonia rubella, A. antillarum, A. meissneri, Pyrenula sublaevigata, P. wheeleri, Sclerophyton muriforme e Stirtonia psoromica), e três novos registros para a América do Sul (Stirtonia psoromica, Pyrenula sublaevigata, P. wheeleri). A área conhecida como Breu de Jovane apresentou maior riqueza de espécies. A família mais frequente foi a Graphidaceae (14 gêneros), seguida de Trypetheliaceae (oito gêneros). Dentre os fatores ambientais analisados, a transmissão total de luz incidente sobre os hospedeiros foi o mais correlacionado com a abundância e a riqueza de liquens nas áreas, enquanto a altitude e o pH da casca contribuíram de modo mais destacado para a separação entre as áreas. O esforço amostral permitiu acessar cerca de 60% das espécies das áreas estudadas, conforme índice de Jackknife de 1ª ordem (Jackknife 1), o que aponta para a necessidade e importância da continuidade dos estudos na Caatinga. |