Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
COSTA, Jainaldo Alves da |
Orientador(a): |
PAIVA, Patrícia Maria Guedes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/53236
|
Resumo: |
Euphorbia hirta L. (Euphorbiaceae), popularmente conhecida por erva de santa Luzia, é amplamente utilizada na medicina tradicional e apresenta propriedades antitumorais, analgésicas e anti-inflamatórias. A presente tese avaliou constituintes fitoquímicos, avaliou a toxicidade e atividades biológicas do extrato salino (ES) de folhas de E. hirta. ES foi obtido após extração da farinha de folhas com solução salina tamponada com fosfato (PBS; 0,1 M; pH 7,5; 10% p/v). A caracterização fitoquímica foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e determinação de fenóis e flavonóides totais. A atividade antioxidante in vitro foi avaliada pelos ensaios do DPPH, ABTS e determinação da atividade antioxidante total (CAT). Toxicidade oral aguda e genotoxicidade de ES (2000 mg/kg) foram analisadas em camundongos. ES (50, 100 e 200 mg/kg; v.o.) foi utilizado para investigação das atividades biológicas in vivo. SE foi investigado quanto à citotoxicidade em células de sarcoma 180, seguido pela determinação das atividades antitumoral em camundongos portadores de sarcoma 180 sólido. A determinação da atividade antinociceptiva foi realizada em camundongos usando o teste de contorções abdominais induzida por ácido acético e o teste da formalina, enquanto para a avaliação da atividade anti- inflamatória foram usados os testes de edema de pata e peritonite, ambos induzido por carragenina em camundongos. CLAE detectou a presença de ácido gálico (0,239 ± 0,0021 g%; 0,86%) e ácido elágico (0,482 ± 0,0018 g% ; 0,37%). Os teores de fenóis e flavonoides totais no ES foram de 107,3 ± 0,7 mg EAG/g e 22,9 ± 0,4 mg EQ/g, respectivamente. ES exibiu atividade antioxidante moderada com IC50 (μg/mL) de 490,8 ± 0,2 (DPPH), 569,6 ± 0,5 (ABTS) e 3246,1 ± 0,5 (CAT). ES (2000 mg/kg) não produziu mortalidade ou sinais de intoxicação após tratamento agudo, assim como não promoveu danos ou mutações no DNA. ES foi citotóxico para sarcoma 180 (IC50: 10,0 e 10,6 μg/mL em 48 e 72h) e antitumoral contra sarcoma 180 sólido causando redução (70,2 - 72,3 %) no peso do tumor. O ES (100 mg/kg) reduz níveis de IL-4, IL-17, IFN-γ e TNF-α, enquanto o ES (200 mg/kg) reduz níveis de IL-4 e induz IL-2, IL-6 e IFN-γ no microambiente tumoral. ES inibiu (62,4-84,0%) o número de contorções induzidas pelo ácido acético e reduziu o tempo de lambedura na primeira (69,7-84,6%) e segunda (87,4-99,8%) fase do teste da formalina. O bloqueio não seletivo da óxido nítrico sintase ou dos receptores opioides não reverteu o efeito do ES. Nos modelos de inflamação, o ES reduziu (47 - 63%) a migração de leucócitos para a cavidade peritoneal e o edema da pata em 1h (40,4-50,4%), 2h (52,1-64,8%), 3h (50,7- 55,5%) e 4h (50,7%-80,1 %). O ES modulou citocinas, reduziu o óxido nítrico, atenuou a atividade da MPO, mas aumentou o extravasamento de proteínas. Em conclusão, ES é rico em compostos fenólicos, não apresenta toxicidade oral aguda ou genotoxicidade. Além disso, ES promoveu atividade antioxidante e foi eficaz na redução da massa tumoral, nocicepção e inflamação. Assim, ES é um candidato interessante para o desenvolvimento de novos fitoterápicos. |