Uso de composto orgânico como material componente para camada de cobertura oxidativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: LIRA, Bruna Silveira
Orientador(a): MOTTA SOBRINHO, Maurício Alves da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29679
Resumo: Uma das dificuldades encontradas pelos municípios para a utilização de aterros sanitários é a busca por materiais adequados, principalmente para as camadas de cobertura funcionais em municípios situados em regiões áridas, em que o uso de camadas convencionais apresenta problemas, com ressecamento e fissuras, que permitem a entrada de água de precipitações e saída de gases de efeito estufa. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi analisar em laboratório, através de ensaios de colunas com diferentes tipos de solos, o comportamento das camadas de cobertura com uso de composto orgânico. Foram realizados ensaios de Resistência ao cisalhamento (ASTM D3080); Ensaio de adensamento unidimensional (NBR 12007 - Mb 3336); permeabilidade à água e ao ar com uso de permeâmetro de parede flexível modelo Tri-flex 2 da Soil Test – ELE, entre outros. Para os ensaios de coluna foram utilizadas duas colunas de PVC preenchidas com cerca de 0,60 cm de solo cada uma. A primeira coluna foi preenchida com uma mistura de solo classificado como silte arenoso com composto orgânico na proporção de 1:1 (solo:composto) em volume, enquanto que a segunda coluna foi preenchida com uma mistura de solo classificado como areia siltosa e composto orgânico, também nas proporções de 1:1 (solo:composto) em volume. O gás utilizado para a análise do comportamento das colunas foi metano puro com um fluxo constante de 3,5g CH4/m².h. Na compressibilidade dos materiais, observou-se grandes similaridades nos coeficientes obtidos, evidenciando que o acréscimo de composto não trouxe grande perda nas capacidades geotécnicas de carga do material. Com relação a resistência dos materiais foi observado uma redução na tensão de cisalhamento com a adição do composto orgânico, porém não de forma significativa. No ensaio de condutividade hidráulica observa-se que as misturas apresentam permeabilidades a água variando entre 10⁻⁸ e 10⁻⁹ m s⁻¹. Ambas colunas apresentaram eficiência de oxidação de 100%, reduzindo de forma significativa as emissões do gás e mostrando-se uma alternativa viável para implantação em municípios. Todavia a primeira coluna apresentou geração de maiores concentrações de dióxido de carbono.