Caracterização neurofisiológica do efeito da estimulação acústica binaural não- periódica em pacientes epiléticos e controles saudáveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Igor Tchaikovsky Mello de
Orientador(a): COSTA, Belmira Lara da Silveira Andrade da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48727
Resumo: Aproximadamente um terço dos pacientes com epilepsia é refratário a terapia farmacológica contemporânea. Procedimentos invasivos como a cirurgia nem sempre são indicados, e quando realizados não há garantia completa de sucesso. Diante da necessidade de métodos alternativos e complementares para controle da epilepsia, nosso grupo de pesquisa científica desenvolveu e patenteou a Estimulação Acústica Binaural não-Periódica (EABNP). Resultados preliminares da utilização da EABNP em pacientes com epilepsia refratária demonstraram a eficácia desta estimulação na redução de atividades epileptiformes no eletroencefalograma (EEG), bem como, a redução espontânea do número de crises. Entretanto, não se sabe, ao certo, o possível mecanismo de bloqueio neurofisiológico envolvidos nos efeitos de bloqueio de crise desta técnica. A hipótese de nosso trabalho é que a EABNP induzirá a dessincronização dos ritmos oscilatórios de áreas corticais a partir do córtex temporal (auditivo primário) e se estendendo as outras localidades do cérebro, como córtex pré frontal e parietal. Pacientes com epilepsia refratária e indivíduos saudáveis, foram expostos a um ruído branco por 10 minutos e EABNP também por 10 minutos, com registro simultâneo de EEG de alta resolução (64 canais), para posterior análise offline da atividade da corrente cortical com a ferramenta de neuroimagem baseada no EEG denominada de tomografia eletromagnética cerebral de baixa resolução (sLoreta). Com as análises de imagem geradas pelo sLoreta, foi possível observar nos pacientes com epilepsia refratária durante a EABNP ocorreu um aumento da atividade de corrente cortical de áreas relacionadas a rede de modo padrão quando comparado ao ruído branco. Entre os indivíduos saudáveis foi observado um aumento de atividade cortical de áreas relacionadas ao processamento auditivo sonoro, durante a EABNP e o ruído branco. Acreditamos que este trabalho poderá contribuir para a padronização de uma nova ferramenta não-farmacológica para tratamento da epilepsia refratária.