Mulheres emancipai-vos!: um estudo sobre o pensamento pedagógico feminista de Nísia Floresta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Elizabeth Maria da
Orientador(a): Lage, Allene Carvalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11285
Resumo: Objetivamos neste trabalho analisar as principais questões do pensamento pedagógico feminista de Nísia Floresta que ainda estão em pauta na agenda da educação feminina contemporânea. Para tanto, nos apoiamos nas principais obras da autora, onde defendia que todas as mulheres tivessem direito à educação. Para este fim, nos detivemos no caso do Collégio Augusto, estabelecimento de ensino para meninas, inaugurado por esta educadora em 1838 no Rio de Janeiro. Neste, Nísia Floresta ofereceu um ensino diferenciado dos colégios da época, pois acreditava que só através de uma educação que não fosse da “agulha” as mulheres poderiam emancipar-se. Para este fim, o diálogo com Gadotti (2008) e Saviani (2010), além Freire (2003) e Souza (2004) foi essencial para a construção do pensamento pedagógico feminista de Nísia Floresta. Nesse sentido, dialogamos sobre a contemporaneidade do seu pensamento com Duarte (2010), Barbosa (2007), Câmara (1941), dentre outros (as). Sobre a epistemologia feminista nos fundamentamos em Louro (2012), Pinto (2003), Hahner (2003), Alves e Pitangy (2011) entre outras. No que permeia a discussão sobre imprensa pedagógica, além de outros autores, dialogamos Hernández Díaz (2013). Nesta pesquisa utilizamos o Método do Caso Alargado na perspectiva de Santos (1983) e Lage (2009). Como técnica de coleta de dados utilizamos a consulta de documentos (anúncios, Leis, Decretos,) coletados durante pesquisa de campo nos Arquivos Geral, Nacional e Público, além da Biblioteca Nacional, ambos do Rio de Janeiro, assim como na Bibliotheque Nationale de France (Gallica Bibliotheque Numerique), na Biblioteca Nacional de Portugal e da Itália, ambas através do acesso virtual. A análise dos dados coletados foi feita através da técnica de análise documental. Nesse sentido, os achados da nossa pesquisa apontaram que o pensamento pedagógico feminista de Nísia Floresta tinha como princípio uma mudança radical (para época) no ensino das meninas. Além de apontarem que o pensamento pedagógico feminista de Nísia Floresta ainda está em pauta na agenda da educação feminista contemporânea, como o acesso das mulheres aos cargos políticos e a defesa da igualdade de direitos entre homens e mulheres. Identificamos também sua preocupação político pedagógica com as condições estruturais, com espaço físico para as turmas - m2/alunos e alunas nas turmas - a mercantilização da educação e a formação da professora e do professor. É imperativo afirmar que a potencialidade do pensamento pedagógico feminista de Nísia Floresta centrava-se na questão emancipatória da mulher e na equidade de gênero, contudo, não dispensou questões estruturais e profissionais do sistema de ensino brasileiro.