Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
ANDRADE, Ana Flávia Alves de |
Orientador(a): |
VALENÇA, Marcelo M. |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13274
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Resumo: |
Introdução: A ínsula é um lobo cerebral com muitas funções (e.g. linguagem, regulação visceral motora e sensitiva, comportamento alimentar, memória, dor, controle cardiovascular, emoção), e parece ser acometida em várias afecções neuropsiquiátricas, em particular na epilepsia e na esquizofrenia. Porém ainda são escassos os estudos anatômicos envolvendo a ínsula, principalmente no que se refere ao seu volume e sua relação com gênero, idade e diferenças entre os hemisférios cerebrais. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar o volume da ínsula e sua relação com gênero, idade e diferenças entre os hemisférios cerebrais em indivíduos saudáveis. Método: 58 indivíduos saudáveis (30 homens) foram estudados com imagens de ressonância magnética do encéfalo adquiridas em aparelho de 3.0 tesla. Como protocolo de aquisição foi usado sequência do tipo GRE (gradient-echo) 3D ponderada em T1 (TR = 9,7 ms; TE = 4 ms; ângulo flip 12; matriz 256 x 256; FOV = 256 mm; espessura da fatia = 1 mm; dimensão do voxel = 1 x 1 x 1 mm, SENSE=2). Foi utilizado o software Freesurfer para estudo automático dos volumes das ínsulas e do volume intracraniano. Resultados: Não houve diferença significativa com relação à idade entre os gêneros. O volume intracraniano foi menor na mulher do que no homem ( p<0,0001, teste t Student). Em termos relativos, volume insular corrigido pelo volume intracraniano, a ínsula esquerda (p = 0,0001) e direita da mulher (p = 0,0001) é maior que a do homem, Mann-Whitney. Em termos de volume absoluto a insula esquerda é maior que a insula direita, tanto no gênero feminino (p = 0,021; test t Student pareado), como no masculino (p= 0,002; teste de Wilcoxon pareado). Houve declínio do volume absoluto da ínsula direita (p= 0,004, R = 0,28) e esquerda (p = 0,008, R = 0,24) com a progressão da idade na mulher, no homem esta redução foi observada apenas na ínsula esquerda (p = 0,006, R = 0,24). O volume intracraniano não apresentou uma redução significativa com a idade, (mulher; p = 0,29; R = 0,06) e (homem; p = 0,55; R = 0,02, análise de regressão linear). O volume intracraniano apresenta uma correlação positiva com o volume absoluto da ínsula em ambos os gêneros {(mulher: ínsula esquerda, p=0,002, R=0,32; ínsula direita, p = 0,001 e R = 0,34) e (homem: ínsula esquerda, p = 0,007, R = 0,23; ínsula direita, p = 0,002, R = 0,29), regressão linear}. Conclusão: Há uma grande variação individual no volume da ínsula e este volume é influenciado por fatores como idade do indivíduo, gênero e hemisfério cerebral. |