Novas identidades, limites e fronteiras do rejuvenescimento : equivalências entre idade, jovialidade e maturidade no curso da vida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: SOUZA, Maria Antoniêta Albuquerque de
Orientador(a): CAVALCANTI, Josefa Salete Barbosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9714
Resumo: Esta tese tem por objetivo explorar os limites e fronteiras de identidades, que interferem na constituição dos sentidos e dos valores dos lugares sociais que ocupam no momento em que se constituem. Busca processos de diferenciação e de homogeneização, que produzem os princípios de ordenação e hierarquias de valores nos espaços sociais, suas divisões simbólicas. Usamos a noção de lógica da diferença e da equivalência (LACLAU; MOUFFE, 1985), uma operação de análise das representações modernas das identidades, que penetra nas relações entre o interior e o exterior , desvelando o modo como foram produzidas, a partir de oposições binárias. As identidades e as diferenças, que as distinguem, se constroem no ponto em que se encontram umas e outras: na distância do sentido de um certo conteúdo interior e do seu suplemento exterior , que especifica o significado da diferença pela equivalência ao que lhe é semelhante. Assim, as fronteiras que estabelecem a negatividade do social e os limites que as constituem são analisadas através dessa lógica da articulação hegemônica, que integra a concepção de discurso de Laclau. Para, um exercício mais performático dessa relação construtora de posições de sujeito - em que se leva em consideração os sistemas de diferenciação e de identificação, as hierarquias de valores dos lugares no discurso e a consideração do Outro, exploramos o conceito de entre-tempo de Homi Bhabha (2001) e as contribuições dos estudos culturais de Stuart Hall (2003). Definimos, como ponto inicial do trabalho de pesquisa, o final da década de 1960, considerado como o momento de deslocamento do sistema de idades modernas em que o adulto representava o centro , para entendermos como está se reordenando um novo centro que deu visibilidade à juventude e, logo após, à velhice . Procuramos traduzir a forma como estão se redefinindo os sentidos do conjunto do sistema de relações e práticas de construção de idades, através dos textos-amostra das reportagens de capa da Revista semanal brasileira Veja (1980- set. 2004). Analisamos as articulações discursivas que produzem os sistemas de equivalência das redes de sentidos dos termos idade, maturidade e jovialidade, trazendo efeitos de diferenciação e identificação no intervalo de idades 30-69 anos, opondo-se ao envelhecimento. A tese nos permite indicar um movimento, cuja tendência se orienta para a construção de um discurso que desloca a maturidade como concebida na cronologização da vida , e a produção de efeitos sobre as fronteiras da juventude e da velhice após 1968, não para constituí-la como uma nova fase , talvez como uma etapa intermediária do ciclo da vida marcada pelo rejuvenescimento . A organização de suas fronteiras com o crescimento/ juventude e o envelhecimento/ velhice - prioriza a autocontrução regulada de identidades pela capacidade e o poder para escolher e decidir