Os aprenderesfazeres docentes na educação infantil: um olhar cartográfico sobre os movimentos tecidos no cotidiano escolar de um CMEI da rede municipal de ensino de São Bento do Una-PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SILVA, Thiago Gonçalves
Orientador(a): SALLES, Conceição Gislâne Nóbrega Lima de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao Contemporanea / CAA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32832
Resumo: A presente pesquisa problematiza os territórios da formação continuada de professores/as da Educação Infantil e, em sintonia com uma perspectiva de formação inventiva, busca compreender os modos como esses/as docentes experienciam, inventam e tecem seus aprenderesfazeres nos cotidianos escolares, em meio às suas relações com os quadros normativos de formação continuada do município de São Bento do Una-PE. Trata-se de um olhar e de um exercício investigativo cartográfico, que se constitui no acompanhamento dos aprenderesfazeres de docentes e de suas invenções, tecidas em movimentos de formação continuada em um CMEI, que permite ao/à professor/a pensar em um estar sendo docente. Tal exercício de acompanhamento foi realizado por meio de observações, registros escritos, fotográficos, áudios, assim como através de conversas com docentes e crianças. Para fundamentar os movimentos que defendemos sobre infância, Educação Infantil e formação de professores, partimos das contribuições de Dias (2009, 2012), Kohan (2004, 2005, 2007, 2010, 2013), Deleuze e Guattari (1997, 1999, 2004), Larrosa (2002, 2006), Carvalho (2008) e Ronilk (2007). As linhas e mapas construídos, através da inspiração cartográfica na escola pesquisada, nos revelam que, mesmo a formação sendo instituída através de protocolos normalizados (planejamento de aula, atividades, repasse de conteúdos), os professores recepcionam, acolhem, vivenciam, mas, também resistem, transgridem esse movimento, através de partilhas, de bons encontros, conversas, planejamentos informais, trocas de experiências e aprendizagens. Os professores movem práticas de formação inventiva, produzindo conhecimentos e práticas pedagógicas dialógicas, processuais e não planejadas previamente, que vão emergindo no cotidiano escolar. A pesquisa pode nos indicar, também, a importância dos/das docentes se envolverem no encontro com a infância e com os/as próprios/as docentes, da mesma forma que mostrou a força e a potência dos aprenderesfazeres de professores/as, das crianças e da infância, tecidos no cotidiano escolar, que apostam e inventam alternativas para pensar e afirmar o lugar da docência, das crianças e da infância no contexto da Educação Infantil.