Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Vilma Maria da |
Orientador(a): |
LIMA, Luciane Soares de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35627
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Resumo: |
A sexualidade é inerente à identidade humana e se desenvolve ao longo de toda a vida como motivação da busca e vivência do prazer. A adolescência é uma transição da infância para a idade adulta em que ocorre a puberdade, fase permeada de conflitos entre a expressão da sexualidade com suas curiosidades e a repressão social com imposição de regras e padrões, sendo a escola um espaço privilegiado de discussões e reflexões sobre saúde sexual e diversidade. O objetivo deste estudo é compreender as potencialidades e desafios envolvidos na abordagem da educação sexual na adolescência a partir da visão de distintos atores sociais. Foi realizado um Estudo de Caso com abordagem qualitativa a partir da triangulação das seguintes fontes de evidências: observação participante e não-participante, grupos focais e entrevistas semiestruturadas. O cenário foi uma escola estadual de referência em ensino médio e integral na cidade de Recife. Os participantes da pesquisa foram estudantes, educadores e pais/responsáveis. Os adolescentes referiram dificuldades no diálogo com a família e a escola e necessidade de rede de apoio. Gostariam de falar sobre suas subjetividades e serem ouvidos sem julgamentos. Os educadores relataram barreiras principalmente em relação à diversidade sexual, apontaram divergências sobre comportamentos toleráveis ou limites na escola e propuseram uma educação sexual reflexiva e contextualizada. Na visão dos pais/responsáveis, também existem dificuldades na abordagem de temas específicos, tais como a diversidade sexual, e sugeriram conversas individuais e coletivas no ambiente escolar. Os três segmentos referiram que existem desigualdades nas relações de gênero e necessidade de respeito, sigilo e vínculo para tratar temas referentes à sexualidade. Apesar dos desafios na abordagem do assunto, os três atores concordam que a educação sexual é relevante e deve ser realizada em parceria entre adolescentes, família, escola e serviços de saúde. O Núcleo de Gênero mostrou-se como um exemplo de iniciativa potencializadora de discussões neste cenário. As escolas precisam priorizar espaços de acolhimento para promoverem debates e reflexões livres de preconceitos e julgamentos, considerando a amplitude dos aspectos biopsicosocioculturais envolvidos no contexto da educação sexual para o cuidado integral do ser humano. |