Criptato de lantanídeo como nova sonda luminescente para histoquímica com lectinas em tecidos mamários humanos transformados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: BRANDÃO, Juliana Mendes
Orientador(a): BELTRÃO, Eduardo Isidoro Carneiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12517
Resumo: Introdução: Estudos histoquímicos têm mostrado que alterações quantitativas e qualitativas são observadas em glicoconjugados da superfície celular durante o processo neoplásico. A histoquímica com lectinas é uma ferramenta que pode auxiliar no diagnóstico do câncer ao analisar o conteúdo sacarídico do tecido envolvido. A dificuldade em encontrar um método preciso para o diagnóstico do câncer de mama tem conduzido pesquisas em busca deste objetivo. Criptatos de európio são complexos com propriedades luminescentes que absorvem radiação ultravioleta e emitem no comprimento de onda na faixa do visível. Biomoléculas conjugadas aos criptatos podem funcionar como sondas luminescentes. Objetivos: Este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de novos macrociclos de lantanídeos conjugados a lectinas como sondas luminescentes para o diagnóstico e/ou prognóstico de tumores de mama empregando a histoquímica com lectinas. Metodologia: As lectinas UEA-I (Ulex europeus agglutinin) e Con A (Concanavalina A), ambas a 200 μg/mL e específicas para L-fucose e D-glicose/D-manose, respectivamente, foram conjugadas ao criptato de Eu3+ (0,13 e 0,88 mg) por ligação direta utilizando como solvente o tampão fosfato de sódio 10mM pH 7,2, contendo NaCl 150mM (PBS). A caracterização dos conjugados foi realizada por meio da atividade hemaglutinante (AH), dicroísmo circular e ensaios de luminescência. Vinte e quarto biópsias de tecidos mamários (fibroadenoma - FIB, tumor benigno, n=10); carcinoma ductal invasivo (CDI, tumor maligno, n=10) e tecido normal (controle, n=4) foram incubadas por 2 h com os conjugados na histoquímica com lectinas. Lectinas conjugadas com FITC também foram utilizadas. Por fim, os tecidos foram analisados em espectrofluorímetro e a intensidade de emissão usada para comparação entre as amostras. Resultados: As análises para caracterizar os conjugados mostraram que o reconhecimento a carboidratos pelas lectinas e as propriedades luminescentes do criptato de Eu3+ foram mantidas após a conjugação. Quanto à marcação em tecido, não foi registrada emissão em amostras controles. FIB e CDI exibiram marcação apenas quando marcadas com Con A-cript(Eu3+) (emissão média de 12x106 u.a em FIB e 9,5 x 106 u.a. em CDI). Todos os tecidos foram positivos quando tratados com lectinas conjugadas ao FITC, sendo o tecido normal marcado com maior intensidade pela UEA-I e o CDI, pela lectina Con A. Conclusão: A intensidade de luminescência das sondas mostrou padrões diferentes, refletindo a expressão de carboidratos nos tecidos estudados. O conjugado Con A-crip(Eu3+) se destaca como sonda luminescente potencial para a histoquímica com lectinas, uma vez que apresentou marcações equivalentes aquelas resultantes do uso do FITC tornando-se útil como ferramenta auxiliar para o diagnóstico.