Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
SILVA JÚNIOR, Renato Pereira da |
Orientador(a): |
ARAÚJO, Clarissa Martins de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/47170
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Resumo: |
Desde o ano de 2004 temos vivência profissional com pessoas com deficiência visual. Presenciamos debates emergidos da implantação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), que intima as escolas a se adaptarem ao alunado público-alvo da Educação Especial, entre eles os com cegueira e baixa visão, posto que eles também devem ter acesso incondicional as escolas regulares e a sala de aula comum e ao Atendimento Educacional Especializado – AEE no contraturno. Nesta pesquisa, partimos da seguinte inquietação: como a prática docente voltada aos alunos com cegueira e com baixa visão matriculados no Ensino Médio de Pernambuco tem atendido as suas necessidades educacionais? Para tanto, definimos como objetivo principal compreender como se constitui a prática docente de professores do ensino regular e do Atendimento Educacional Especializado na educação dos alunos com cegueira e com baixa visão matriculados no Ensino Médio da Rede Estadual de Pernambuco. A fundamentação teórica com as quais dialogamos traz contribuições de teóricos, tais como: Gil (2000), Lima (2018), Mantoan (2003), Mendes (2006), Ainscow (2009), Bruno e Mota (BRASIL, 2001b; 2001c), Araújo (2019), Costa e Silva (2019), Souza (2012), Freire (2011), Mittler (2003), dentre outros. Com base nos estudos e Ramires e Pessôa (2013) assumimos a abordagem qualitativa e a partir dos estudos de André (1995) fizemos um Estudo de Caso. Nossos instrumentos de coleta foram o questionário, a observação não participante e a entrevista semiestruturada. Os sujeitos foram três alunos público-alvo da Educação Especial e duas não; duas professoras do ensino regular e uma do AEE, que é pessoa com cegueira e duas componentes da gestão. Para analisar os dados utilizamos a técnica da análise temática (BARDIN, 2016). Os resultados nos mostram que, embora a escola disponha de recursos especializados para o atendimento desse alunado, as práticas docentes não se caracterizam como inclusivas, uma vez que entre os professores do ensino regular não há adequação das ações desenvolvidas em sala de aula voltadas a esse público específico e entre as professoras do AEE as ações se desenvolvem, prioritariamente, de forma isolada, descumprindo a proposta central do paradigma da educação inclusiva, que requer maior articulação entre os professores no processo de ensino-aprendizagem de todos. Evidencia-se, portanto, negligências por parte do Governo do Estado, tais como: ausência de alunos com cegueira e baixa visão nas escolas de referência; sala de aula comum sem recursos didáticos acessíveis; formação continuada deslocada da necessidade do alunado da escola; ausência de informações da Educação Especial no Siepe; cobranças intensas para o mantimento das notas do IDEB, em conciliação com a Política do BDE e Currículo do Ensino Médio alinhado com o mercado do trabalho. Tal cenário gera ausência de comunicação entre as práticas docentes, discentes e da gestão com apagamentos dos estudantes com cegueira e baixa visão, reforçando a manutenção do paradigma da educação integralista, não favorecendo, assim, a constituição de práticas docentes (sala comum e AEE) para todos. |