A África fora de casa : sociabilidade, trânsito e conexões entre os estudantes africanos no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Tcham, Ismael
Orientador(a): Motta, Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11353
Resumo: A mobilidade espacial com fins de estudos é um processo histórico e se manifesta de diversas formas dependendo de acordos firmados entre os países ou instituições envolvidos e seus reflexos são sentidos em todas as dimensões de quem a vive. Pois, construção de uma política de intercâmbio coerente tem que ter por base duas preocupações indissociáveis: por um lado regulação dos fluxos dos intercambistas e, por outro, a criação de instrumentos que facilitem o acolhimento e a integração destes. Desta forma, a presente pesquisa tem como finalidade de compreender as dinâmicas e os processos de sociabilidade e de reconfiguração identitária dos estudantes oriundos dos Países Africanos de Língua Portuguesa-PALOP, vinculados ao Programa Estudante Convênio de Graduação - PEC-G em duas Universidades Federais no Nordeste do Brasil: UFPE e UFAL. Metodologicamente, o trabalho foi organizado em três partes: primeiramente realçar, a partir de uma perspectiva diacrônica, a presença dos estudantes estrangeiros nas universidades e nas escolas desde a Idade Média com destaque na histórica mobilidade estudantil no contexto africano. Posteriormente averiguarmos os laços culturais entre o Brasil e a África tomando-os como determinantes estruturais que justifiquem em parte a presença dos palopianos nas duas Instituições pesquisadas para depois realizar o nexo com suas implicações econômicas, políticas e da evolução de ações diplomáticas recentes nas duas direções. Por fim, o enquadramento teórico deste trabalho é diversificado, conjugado com os dados coletados no campo. Compondo um discurso vivo dos palopianos relativo à sociabilidade entre si e com o “outro”, revelando percepções de estigmas e estereótipos construídos socialmente, o que sinaliza a particularidade de seus percursos e vivências nesta diáspora. Conclui-se mostrando que a mobilidade estudantil é uma tendência global contemporânea. Neste sentido ela sensibiliza a adoção de políticas de integração especificas, resguardando valores como diversidade e tolerância.