Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
LIMA, Dayane Rouse Fraga |
Orientador(a): |
POSTAL, Ricardo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25451
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Resumo: |
Esse trabalho tem como objetivo observar como Eça de Queirós e Agualusa trataram da relação História/Literatura x Identidade em Crise levando em conta o papel do gênero romance epistolar dentro da criação identitária da narrativa literária de um povo. Entretanto, antes de nos aprofundarmos nesse ponto, nos parece válido estabelecer o contorno do que, exatamente, iremos comparar: a personagem Fradique Mendes, ao ser cuidadosamente elaborada por Eça de Queirós (em maior parte) e pelo Cenáculo, e tendo ele sido apresentado ao grande público como uma pessoa verídica, capaz de publicar poesias em revistas literárias, conhecedor de países e pessoas importantes, ganhou uma língua ferina, mordaz, de modo que quando dava voz às suas ideias acerca de pessoas, coisas e instituições, dificilmente poupava seu alvo do tom deliciosamente corrosivo empregado em suas cartas. E, dentre os escopos de seu veneno, o Estado e os portugueses que faziam parte da máquina estatal daquela época eram aqueles contra os quais Fradique parecia se deleitar ao dedicar várias páginas maliciosas. Essa crítica ao Estado português também se faz presente no Fradique Mendes criado pelo escritor José Eduardo Agualusa, porém ela parece se manifestar de maneira diversa à da realizada pelo Fradique pensado em 1868/1869. É, portanto, na maneira como a crítica, utilizada com doses variadas de ironia, ao poder lusitano se processa que também centraremos nosso olhar, procurando não apenas apontar a diferença entre as duas formas de repreender, mas também tentando entender, se não o porquê definitivo e absoluto, pelo menos como isso se desdobra num possível olhar para a imagem do Sistema colonial dentro das duas obras utilizadas como corpus de pesquisa. |