Elementos sensoriais em supermercados: uma investigação na perspectiva transformativa do consumidor junto a pessoas com deficiência visual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: DAMASCENA, Elielson Oliveira
Orientador(a): FARIAS, Salomão Alencar de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10862
Resumo: Vivemos em uma sociedade de consumo, e comprar constitui-se um ritual importante e cotidiano da vida moderna. Desenvolver ambientes que ofereçam, de forma satisfatória, possibilidades de inclusão a indivíduos que desejam exercer um papel de consumidor é uma das formas de promover bem-estar. Esta dissertação objetiva compreender como deficientes visuais interpretam os elementos sensoriais em ambientes de varejo de supermercados. O estudo tem uma abordagem interpretativista, e caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa interpretativa básica de caráter descritivo. Foram realizadas 16 entrevistas individuais, face a face, semi-estruturadas com consumidores com deficiência visual que realizam compras, pelo menos uma vez ao mês, em supermercados. Os indivíduos acessados em três instituições de apoio a pessoas cegas, na cidade do Recife-Pernambuco. Os dados coletados foram analisados de acordo com a técnica da análise de discurso. Os resultados mostram que as pessoas com deficiência visual interpretam os elementos sensoriais do supermercado como facilitadores da interação consumidor-ambiente, podendo minimizar ou anular barreiras ambientais. Há uma apropriação e resignificação funcional de elementos sensoriais. A vulnerabilidade desse grupo de consumidores é reforçada pela não disponibilidade de alguns elementos sensórios específicos e cruciais para essas pessoas, como texturas nos pisos e escritas em Braille ou em altorrelevo ou estímulos sonoros. São apresentadas proposições transformativas para que o ambiente de supermercado possa se tornar mais adequado para esses consumidores.