Estudo do desvio da microbiota vaginal associada aos lactobacillus em pacientes com citologias negativas ou com lesões cervicais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: NASCIMENTO, Eloiza Maria do
Orientador(a): SILVA NETO, Jacinto da Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Morfotecnologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
HPV
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55087
Resumo: A região vaginal compreende uma extensa e diversa cadeia microbiana em simbiose com as camadas do epitélio escamoso da mucosa. Faz parte da microbiota vaginal bactérias aeróbicas e anaeróbicas, sendo os Lactobacillus o microrganismo com maior prevalência na vagina humana e com importante contribuição para o equilíbrio vaginal. O presente estudo teve o objetivo de avaliar a correlação entre o mcrobioma vaginal e a presença de alterações/lesões cervicais associadas a infecção e persistência do HPV. Avaliou-se a congruência da microbiota da citologia cérvico- vaginal e os exames de cultura e Gram da secreção vaginal, além de avaliar o papel do microbioma vaginal frente ao desenvolvimento e evolução de lesões cervicais através do registro de 58102 exames citopatológicos. Foi obtido um percentual de 79,8% de congruência entre as avaliações microbiológicas da citologia, cultura e Gram, para os resultados de cocobacilos e desvio da flora na citologia os microrganismos mais prevalentes foram o Enterococcus, Escherichia coli, Proteus e Streptococcus. Em relação ao estudo dos 58102 laudos, as duas faixas etárias mais prevalentes corresponderam aos que tinham 25 a 34 anos (29,6%), 35 a 44 anos (28,9%). A maioria expressiva (93,9%) dos pacientes tiveram resultados da citologia na categoria NILM, os Lactobacillus foi o microorganismo de maior prevalência totalizando 27,6% de todos os resultados, desvio da flora 20,8% e Cocobacilos 16,1%. A maior prevalência de HSIL compreende a faixa com idades entre 45-54 anos (1,4%) e uma prevalência significativamente alta de desvio da flora (22,1%) seguida de uma grande prevalência de cocobacilos, reforçando que a flora bacteriana é favorável para evoluir lesão e que o HPV utiliza-se de meios próprios para inibir os Lactobacillus, através dos dados obtidos sobre o papel da microbiota e a evolução de lesões cervicais, foi possível concluir que o microbioma e a imunidade são elementos cruciais para a manutenção da eubiose e no combate de agentes nocivos a exemplo do HPV.