Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Roberta Gulart dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3740
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Resumo: |
As teorias educacionais são elaboradas a partir de alguns fundamentos básicos, tais como: visão de mundo, sociedade e as projeções que temos dela, bem como a concepção do ser humano. As formas diversas como esses fundamentos são interpretados resultam num múltiplo e complexo conjunto de teorias educacionais que, em sua maioria, disputam entre si a legitimidade de suas finalidades. Röhr (2003) vai mais além e sinaliza que a meta da educação, bem como os fundamentos que a norteiam, estão ligados, em última instância, a um fator comum: o sentido da vida. Diante dessa problemática, podemos notar que todos os pensamentos filosóficos fazem, direta ou indiretamente, uma reflexão sobre essa questão. Essas reflexões resultam em diferentes compreensões e essas posições, numa análise inicial do autor, caminham em direções opostas, a princípio, baseadas em dois conceitos fundamentais: destino e liberdade. O sentido da vida pode ser visto de duas formas distintas: ele pré-existe e o ser humano tem que corresponder a ele; ou esse sentido é resultado da livre criação do homem. Levando o reflexo dessa problemática para o âmbito educacional, denominam-se duas formas de teorizar sobre a educação bem como definir a sua meta, a saber: Teorias da Educação de Correspondência (o sentido pré-existe) e Teorias da Educação de Irreverência (o sentido é criado livremente). Partindo dessa problemática, o intuito do nosso trabalho foi refletir sobre a questão da meta educacional nessa perspectiva a partir do pensamento de Karl Jaspers. Para isso, buscamos inicialmente compreender quais são os elementos da sua filofosia que podem subsidiar a possibilidade de uma mediação da dicotomia entre destino e liberdade e posteriormente qual seria a meta educacional subjacente ao seu pensamento. Nossa pesquisa é teórica e nossa metodologia baseia-se em duas abordagens: a fenomenologia e a hermenêutica. A meta educacional em Jaspers aponta que o destino do homem é o tornar-se humano, que acha o seu fundamento no salto que realiza da Imanência para Transcendência, a partir da Fé Filosófica. Analisando o ato de ser autenticamente Existência, percebe-se que nele se suspende qualquer Autoridade e encontra a si mesmo na própria liberdade. Sua teoria não é, portanto, nem de correspondência e nem de irreverência, mas aponta uma interdependência entre ambas, indicando que elas se complementam mutuamente na realização da própria Existência. Para chegar tanto ao destino quanto à liberdade, o ser humano precisa necessariamente experimentar na sua vida a força das referências. Segundo ele, qualquer pessoa para se encontrar existencialmente tem que, em algum momento, ter passado por uma vivência de fé numa Autoridade. Sem noção dela o ser humano não chega a sentir a seriedade do seu existir. Manter-se num relativismo não ajuda e nem instiga a pessoa a se apropriar de sentidos e nem tornar-se algo próprio, que Jaspers chama de Exceção. Nessa perspectiva, na concretude histórica, o pensamento pedagógico de Jaspers baseia-se na vivência de uma fé inicial na Autoridade e realiza-se no apoio pedagógico da sua superação em tornar-se Exceção |