Arte para nada : errâncias delignyanas na arte contemporânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: PAIXÃO, Augusto Henrique de Medeiros
Orientador(a): PORTO FILHO, Gentil Alfredo Magalhães Duque
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Design
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40313
Resumo: O presente estudo pretende investigar possíveis correspondências entre as práticas elaboradas e observadas por Fernand Deligny nas suas redes para crianças ditas autistas com práticas da arte e vida contemporânea, analisando se as observações que foram feitas por ele em torno do conceito de errância podem ajudar a esclarecer questões no contexto arte/vida. A pesquisa tem três etapas principais. Primeiro, realizamos uma sistematização do pensamento de Deligny, organizando um arranjo conceitual composto por sete elementos recorrentes nas suas ações e reflexões em torno da ideia de errância, que são: homem que somos, vontade, linguagem verbal, projeto pensado, linhas de errância, aracniano e rede. Com esse arranjo, em seguida, procuramos identificar nos campos da arte e da cultura em geral possíveis ocorrências de práticas e teorias que possuam elementos e procedimentos similares, em especial no contexto de processos que ocorrem nas fronteiras arte/vida, onde o artista norte-americano Allan Kaprow foi nossa principal referência. Formamos um panorama com essas ocorrências, que foram distribuídas em torno de quatro aspectos constituintes do contexto mais amplo onde ocorrem: componentes, prenúncios, teorias e materializações, destacando em cada um as proximidades com as proposições de Deligny. Na terceira etapa, fizemos um híbrido de estudo de caso e experimento, com o próprio autor deste trabalho analisando, produzindo e propondo experiências de errância nas fronteiras entre vida e arte, partindo do nosso arranjo final arte/Deligny/vida e com foco na produção no espaço doméstico e em conexão com a rotina diária.