Essa dissertação não foi Geraldo quem fez: a construção da concepção de política, candidato e eleitor pelo marketing político de Geraldo Júlio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: SIQUEIRA, Rafael de Brito
Orientador(a): ROCHA, Maria Eduarda da Mota
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Sociologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29292
Resumo: A emergência do marketing político, em meados do século XX, junto à sua posterior consolidação, alterou de forma substancial a maneira com a qual disputas eleitorais são tocadas nas democracias eletivas. Esta dissertação visa compreender como o marketing engloba e opera os conceitos de candidato, eleitor e política dentro de uma campanha eleitoral, com destaque maior para o primeiro conceito. Para isso, parte-se de uma contextualização do histórico econômico e político quando do seu surgimento, a fim de compreender o processo social que lhe dá sentido e permite a sua operacionalização. Assim, recorre-se a autores que se empenharam em compreender a construção do que a Sociologia tradicionalmente chama de Modernidade: Jürgen Habermas – com sua análise sobre a mudança estrutural da esfera pública, Hannah Arednt – com sua discussão sobre a “perda de mundo”, Max Weber – em sua abordagem sobre a construção do Estado Moderno e Robert Dahl – com sua discussão sobre as poliarquias. Completementando a abordagem teórica – e uma vez que o marketing se utuliza dos meios de comunicação de massa pra cumprir com seus objetivos – Antonio Canelas Rubim e John B. Thompson abordam o fenômeno da mídia e seu peso na sociedade contemporânea, com consequencias para o campo político. Esta dissertação, dado o exposto, se presta a compreender especificamente o marketing político aplicado na campanha do então candidato à prefeitura do Recife, Geraldo Júlio. Caso bastante interessante, sendo este uma pessoa antes desconhecida da população e cuja candidatura demandou um trabalho de marketing intenso, acabou por ser eleito em outubro de 2012. A fim de cumprir com os objetivos, foram utilizados os métodos de observação a partir de uma vivência nos bastidores da campanha – de julho a setembro de 2012 – e, principalmente, a análise de conteúdo de dez programas eleitorais do candidato.