Avaliação da qualidade física, química e biológica de pós das drogas vegetais da caraibeira (Tabebuia caraiba), quixabeira (Sideroxylon obtusifolium) e bom-nome (Maytenus rigida) em diferentes tamanhos de partículas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: CORREIA, Lidiane Pinto
Orientador(a): MACÊDO, Rui Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18463
Resumo: O estudo de plantas medicinais como fonte de tratamento das mais diversas enfermidades é milenar, tendo em vista seu vasto uso embasado no conhecimento popular. Estudar essas espécies vegetais, de forma a caracterizá-las fisicamente, quimicamente e biologicamente tem sua importância para que o dito popular seja embasado cientificamente e parâmetros como eficácia e segurança sejam assegurados. Este trabalho teve como objetivo avaliar características físicas, químicas e biológicas de três espécies vegetais (Tabebuia caraiba, Sideroxylon obtusifolium e Maytenus rigida) típicas do semiárido paraibano, com intuito de fornecer informações concretas acerca das suas características e do seu uso. Foram utilizados diferentes faixas de tamanhos de partículas para cada espécie, as quais, posteriormente, foram utilizadas na forma de droga vegetal (pó seco) e derivados (infusos e extrato liofilizado). As amostras utilizadas foram nomeadas: CAR00, CAR01, CAR02 e CAR03; QU00, QU01, QU02 e QU03; e MR00, MR01, MR02, MR03; referindo-se a Tabebuia caraiba, Sideroxylon obtusifolium e Maytenus rigida, respectivamente. Para caracterização física e química utilizaram-se as técnicas analíticas microscopia eletrônica de varredura (MEV) com espectroscopia de energia dispersiva (EDS), técnicas térmicas (Termogravimetria (TG) e Análise Térmica Diferencial (DTA)) e pirólise acoplada à cromatografia gasosa/espectrometria de massa (Pir-CG/EM). Para investigar o efeito da atividade antioxidante, bem como da citotoxicidade das amostras obtidas de pós de diferentes tamanhos de partícula utilizaram-se os seguintes ensaios: sistema de varredura do radical 2,2 difenil-1-pricril-hidrazil (DPPH), capacidade redutora (RP), capacidade de absorção de Radicais de Oxigênio (ORAC) e citotoxicidade (células Caco-2). Para validação do método analítico de identificação e quantificação, utilizou-se um cromatógrafo líquido de alta eficiência (HPLC). Através da termogravimetria utilizando o modelo adaptado de Ozawa foi possível diferenciar através dos parâmetros cinéticos obtidos (Ea, ordem de reação, percentual de perda de massa) as amostras de CAR de diferentes granulometrias. Os tamanhos volumétricos das partícula de QU e MR foram especificados através da MEV. Através dos dados térmicos da TG, DTA e Pir-CG/EM caracterizaram-se as drogas vegetais QU e MR, verificando diferenças dos resultados de acordo com a distribuição do tamanho das partículas. Através dos testes de determinação de resíduo seco, fenólicos e flavonoides verificaram-se diferenças quantitativas dos teores. As capacidades antioxidantes para as três espécies estudadas variaram para as diferentes granulometrias quando avaliadas através dos testes de DPPH, RP e ORAC. Levando-se em consideração o limite de 70% de viabilidade celular,observou-se que as diferentes granulometrias dos pós podem influenciar no dano celular. De acordo com os dados obtidos através das diferentes técnicas analíticas e ensaios biológicos, afirma-se que a propriedade física tamanho de partícula pode influenciar nos parâmetros de qualidade física, química e biológica de drogas vegetais, sendo importante a padronização da matéria-prima vegetal de forma a garantir a homogeneidade dos pré-requisitos que regem um produto de qualidade, segurança e eficácia