Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
ARAÚJO, Rodolfo Jorge Vale de |
Orientador(a): |
ARAÚJO, Tereza Cristina Medeiros de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49532
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Resumo: |
A intensificação da pressão antrópica e as alterações dos padrões climáticos têm interferido sobremaneira nos processos físicos responsáveis pelo equilíbrio e variabilidade naturais dos ecossistemas costeiros, tornando cada vez mais evidentes e perceptíveis às populações litorâneas os problemas relacionados à erosão. De comparável importância, os padrões de uso e ocupação do litoral interferem na estabilidade e na morfologia da planície costeira, assumindo um importante papel em sua evolução. Através da combinação de um conjunto de dados formados por imagens de sensoriamento remoto, pontos geodésicos, séries temporais da linha de costa, reanálises globais e índices climáticos oceano-atmosfera, foram analisados e identificados os processos costeiros dominantes, o balanço sazonal dos estoques sedimentares, e as variações espaço-temporal e morfológica da linha de costa, das praias e dos bancos arenosos localizados na margem insular da desembocadura sul do Canal de Santa Cruz, na Ilha de Itamaracá, Pernambuco – Brasil. Além disso, imagens e documentos históricos, instrumentos e diretrizes para gestão costeira foram utilizados para avaliar as estratégias de proteção às praias e os riscos ao patrimônio histórico. O trecho de praia mais abrigado do pontal sul da Ilha de Itamaracá, entre dez/2017 e dez/2018, apresentou balanço sedimentar positivo (+704,52m3) enquanto o intermediário e o mais exposto, negativos (-5.009 e -14.110m3, respectivamente). A variação espaço-temporal da linha de costa, na escala interanual 2011-2020, classificou todas as praias analisadas em erodida ou criticamente erodida, com taxas máximas de regressão de -6,78 e -8,55m/ano. Os períodos erosivos foram relacionados às fases mais energéticas da potência de onda, impulsionados, por sua vez, por eventos de La Niña, mais intensos a partir de 2006 e durante a estação chuvosa. Por fim, expostas à erosão costeira e localizadas entre praias erodidas e criticamente erodidas, as estruturas do Forte Orange (1633), além de achados arqueológicos e documentos históricos, serviram como registro das primeiras tentativas de se lidar com o processo erosivo atuante na área de estudo. Atualmente, a adaptação à erosão costeira exige Políticas Públicas eficientes e instrumentos adequados para Gestão Integrada da Zona Costeira, que possam promover a responsabilidade compartilhada e a ampla participação na tomada de decisões para a gestão sustentável dos recursos e sistemas costeiros. |