Efeitos do tratamento crônico com toxina botulínica em glândulas salivares de ratas: análises histológicas, microbiológicas e imunoistoquímicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: REGUEIRA, Luciana Silva
Orientador(a): PEREZ, Danyel Elias da Cruz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Odontologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29906
Resumo: O estudo teve como objetivo analisar o impacto do tratamento repetido com a toxina botulínica tipo A na estrutura glandular e na microbiota oral de ratas. Utilizou-se 35 ratas Wistar (Rattus norvegicus albinus), divididas em três grupos: o grupo C (controle, n=7), onde os animais não sofreram nenhuma intervenção; o grupo G (n=14), submetido à injeção intraglandular com o estabilizante da toxina botulínica tipo A que é a gelatina bovina; e o grupo B (n=14) tratado com 2.5U de BoNT-A (Prosigne®, Cristália, SP, Brasil). Os grupos tratados receberam três aplicações no complexo submandibular-sublingual, intervaladas a cada 35 dias. Os grupos G e B foram subdivididos em 2 subgrupos de acordo com o dia da eutanásia: 12 e 35 dias após o fim do tratamento, datas em que os espécimens glandulares foram coletados para proceder às análises histométricas, relativas à área dos ácinos e espessura dos ductos estriados, e às análises imunoistoquímicas com marcação para calponina, actina músculo-específica e análise da apoptose pelo método TUNEL. Antes e após 12 dias do tratamento, a microbiota oral da região sublingual foi coletada para quantificação das Unidades Formadoras de colônias (UFCs) e caracterização geral dos gêneros bacterianos. Através dos testes de Mann- Whitney e de Wilcoxon, verificou-se uma diminuição da área acinar mucosa e serosa com aumento do espaço intersticial no grupo B após 12 dias do tratamento, tais características foram constatadas em menor grau após 35 dias. Ainda no grupo analisado após 12 dias, as imunomarcações sugerem uma ação da BoNT-A na diminuição de células mioepitelias da região acinar serosa além de evidências de apoptose. Não houve diferença estatisticamente significante na contagem de UFCs nem no padrão da colonização bacteriana dos animais. A aplicação repetida de BoNT-A provocou alterações histológicas em glândulas submandibulares de ratos após 12 e 35 dias com aparente caráter reversível. No entanto, não foi capaz de alterar a microbiota oral dos animais. Os resultados evidenciam a segurança no uso crônico da BoNT-A no complexo submandibular-sublingual de ratas.