Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Cristina de Souza Bezerra, Ana |
Orientador(a): |
Rosângela Cunha Duarte Coêlho, Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7005
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Resumo: |
O vírus linfotrópico de células T humanas do tipo 1 (HTLV-1) é um retrovírus humano que está associado à leucemia/linfoma de células T do adulto (LLTA) e a uma síndrome neurológica denominada paraparesia espástica tropical/mielopatia associada ao HTLV-1 (PET/MAH). Fatores como a genética, o sistema imune do hospedeiro, a presença de deleções ou variações em determinadas regiões do genoma do vírus podem influenciar as etapas que levam ao desencadeamento das doenças associadas ao HTLV-1. O vírus pode apresentar-se na forma defectiva, isto é, exibindo deleção em alguma região do seu genoma. Dois subgrupos A e B da seqüência tax do HTLV-1 foram descritos baseados em quatro mutações em regiões específicas desta seqüência. Adicionalmente, foi identificada uma associação entre a presença do subgrupo A com o desenvolvimento de PET/MAH. Os objetivos deste trabalho foram verificar a presença de provírus defectivo pela detecção das seqüências env-tax, tax e 5 LTR do HTLV-1 em pacientes com PET/MAH e portadores do HTLV-1 assintomáticos (PHA), classificar os subgrupos da seqüência tax, quantificar a carga proviral e verificar a associação destes marcadores com a presença da PET/MAH. Participaram do estudo 247 indivíduo, desses, 52 pacientes com PET/MAH atendidos no Serviço de Neurologia do Hospital da Restauração e três grupos de doadores de sangue da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (HEMOPE), sendo 72 indívíduos PHA, 100 doadores soronegativos e 23 doadores com sorologia indeterminada para o HTLV-1/2. O período da coleta foi de março de 2008 a outubro de 2009. Todas as amostras foram submetidos ao ELISA, Western Blotting, PCR para a detecção das seqüências env-tax, tax, 5 LTR e a PCR-restriction fragment length polymorfism (PCR-RFLP) para classificação dos subgrupos da seqüência tax. Houve maior freqüência do sexo feminino no grupo PET/MAH, quando comparado ao grupo PHA (p=0,000). A média de idade e da densidade ótica do ELISA para HTLV-1/2 foram superiores no grupo PET/MAH (p=0,000). Para os pacientes com PET/MAH, 04 mostraram ausência para a seqüência 5 LTR. Para os PHA, 11 indivíduos do grupo mostraram ausência para a seguència 5 LTR, três ausência para a seqüência env-tax e sete indivíduos do grupo PHA não possuíam a seqüência tax. Dos 247, 49 pacientes com PET/MAH e 38 PHA apresentaram vírus classificados como subgrupo tax A, exceto dois doadores de sangue que possuíam o subgrupo tax B, embora não tenha sido encontrada a associação dos subgrupos da seqüência tax com a presença de PET/MAH (p=0,108). A quantificação da carga proviral foi realizada em 21 pacientes do grupo PET/MAH e 15 doadores de sangue do grupo PHA, em razão da contagem de linfócitos inferior a 1x106 células/ml nas demais amostras analisadas. A mediana de carga proviral foi estatisticamente mais elevada no grupo PET/MAH (p=0,001). Em conclusão, identificou-se o provírus defectivo em pacientes com PET/MAH e em indivíduos do grupo PHA, demonstrou-se associação entre a presença da seqüência tax e a PET/MAH, mas não houve associação desta síndrome com os subgrupos desta seqüência em nossa casuística e uma maior carga proviral foi detectada em pacientes no grupo PET/MAH |