Preparação, descrição de um novo crânio de pterossauro (Reptilia, Archosauria) e considerações sobre a morfologia craniana dos Anhangueridae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: BANTIM, Renan Alfredo Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10470
Resumo: Os pterossauros são um grupo extinto de répteis alados que surgiu há pelo menos 228 milhões de anos, sendo encontrados no Brasil em rochas triássicas do Paraná e cretáceas do Nordeste. Dentro deste registro, o clado Anhangueridae, é documentado nas concreções calcárias da Formação Romualdo, Aptiano/Albiano da Bacia do Araripe. A esse grupo atribuímos um novo espécime LPU 017, um crânio completo preservado tridimensionalmente, com alguns ossos deslocados e a presença de dentes. Após sua preparação destacou-se uma grande e alta crista sagital pré-maxilar, característica distintiva deste grupo de pterossauros, além das características exclusivas deste exemplar. Dentre elas estão a presença de 35 pares de alvéolos; uma quilha palatal relativamente robusta; uma elevada expansão em forma de colher na pré-maxila; a presença do 5º, 6º e 7º pares de dentes menores do que o 4º e 8º; forma convexa do palato na porção rostral e o tamanho e localização da crista sagital pré-maxilar. Tais características exclusivas permitiram identificar LPU 017 como um novo gênero e espécie de pterossauro atribuído ao clado Anhangueridae. Esse resultado foi corroborado pela análise filogenética, obtida com uma matriz de 54 táxons e 89 caracteres, que gerou 9 árvores igualmente parcimoniosas. Para verificar os padrões de diferenciação craniana no clado Anhangueridae, utilizamos a morfometria geométrica, que compara a forma dos organismos, levando em consideração o caráter geométrico das formas biológicas e analisa estatisticamente sua variação. Verificamos então que crânios e cristas nesse clado crescem de forma isométrica, o oposto da realidade dos membros posteriores, onde o crescimento ósseo é alométrico. Nesse clado em especial a ontogenia não interferiu nos resultados, pois crista e crânio seguiram o mesmo padrão de crescimento, inclusive em indivíduos de estágios ontogenéticos diferentes, como ocorreu no agrupamento de Anhanguera araripensis e Anhanguera blittersdorffi