Efeitos do treinamento físico de resistência sobre a atividade locomotora de ratos adultos submetidos à dieta hipoprotéica durante a gestação e lactação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SANTOS, José Antônio dos
Orientador(a): LEANDRO, Carol Virgínia Góis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Nutricao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17215
Resumo: O objetivo do primeiro estudo foi avaliar os efeitos do treinamento de resistência sobre a morfologia muscular e sobre a expressão gênica de fatores neurotróficos no sistema nervoso central. Foram utilizados 31 ratos machos Wistar (65±5 dias de vida). Os animais foram divididos aleatoriamente em dois grupos: Não-Treinado (NT, n=13) e treinado (T, n=18). Animais do grupo T foram submetidos a um protocolo de treinamento físico de resistência diário, 5 dias por semana, durante 8 semanas, com 80% da sobrecarga máxima individual acessada semanalmente. O sacrifício foi realizado 48 horas após a última sessão de treinamento e os tecidos removidos e congelados imediatamente. Foi avaliado a histologia dos músculos sóleo e extensor digital longo (EDL), n=6 por grupo) através da técnica da ATPase miofibrilar. Para análise da expressão gênica (n=5 por grupo) de fator neurotrófico derivado do cerebro (BDNF) e fator de crescimento semelhante a insulina-1 (IGF-1) no córtex motor, medula espinal e cerebelo foi utilizada a técnica do PCR em tempo real. No Músculo EDL, Animais T apresentaram um aumento na proporção de fibras tipo IIb e redução de fibras tipo IIa. Expressão de genes para IGF-1 foi reduzida no cerebelo de animais T. O objetivo do segundo estudo foi avaliar os efeitos do treinamento de resistência diário na atividade locomotora (LA) em animais desnutridos no período perinatal. Ratos Wistar machos foram divididos em dois grupos de acordo com a dieta da mãe durante a gestação e lactação: controle (17% de caseína, C) e hipoproteica (8% de caseína, LP). Aos 60 dias, metade de cada grupo foi submetido a um treinamento de resistência (subida em escada, 5 dias/semana, durante 8 semanas, com 80% de sobrecarga máxima avaliada semanalmente, T e LP+T). Para a analise da LA, os ratos foram filmados antes e após 8 semanas de treinamento em campo aberto e as imagens foram analisadas pelo software para análise automática de atividade locomotora. Este software fornece: distância percorrida (metros); distância rotacional (metros); velocidade média (m/s); velocidade máxima (m/s); potência média (mW); tempo imóvel (s); número de paradas; tempo por parada (segundos). Após o treinamento, os filhotes T apresentaram menor potência média (C: 3,6±1,7; T: 1,5±0,5), número de paradas (C: 55,3±7,6; T: 35,7±8,0) e maior tempo por parada (C: 1,7±0,4; T: 3,0±0,8) quando comparado ao controle. Para filhotes LP+T, não houve diferenças em todas as variáveis quando comparados aos filhotes LP, com exceção da distância percorrida, que foi menor (LP: 12,5±2,7; LP+T: 8, 4±2,8). Comparando os valores pós com os pré treinamento, filhotes LP+T, diferentemente do grupo LP, apresentam diminuição da distância percorrida (LP: pré=14,3±3,5; pós= 12,5±2,7; LP+T: pré=14,0±3,1; pós=8,4±2,8). Em conclusão, nossos dados mostram que 8 semanas de treinamento de resistência diário foi suficiente para aumentar a capacidade de carregamento máxima e em aumentar a proporção de fibras musculares tipo IIb. O treinamento de resistência diário também altera a atividade locomotora tanto de animais controle quanto de animais desnutridos.