Cenários de suscetibilidade aos processos erosivos na Bacia Hidrográfica do Aripibú – Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SANTOS, Leandro Diomério João dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42857
Resumo: O processo erosivo faz parte natural do desenvolvimento da superfície terrestre, sendo a ocorrência da erosão um dos condicionantes da dinâmica processual da paisagem terrestre. Os agentes desencadeadores da erosão são diversos, destacando-se a erosão hídrica promovida pelos eventos pluviais, atuante em várias partes do planeta, inclusive na área de pesquisa, a Bacia Hidrográfica do Aripibú (BHRA), inserida totalmente no estado de Pernambuco, na Mesorregião da Mata pernambucana, especificamente na Microrregião da Mata Meridional. A problemática central da pesquisa é o diagnóstico do grau de susceptibilidade da BHRA ao processo erosivo linear. A metodologia e os procedimentos para a constituição da tese foram agrupados em bases cartográficas, índices morfométricos, trabalhos técnicos de campo, análises laboratoriais e estruturação da suscetibilidade a erosão. O método primordial foi o modelo de tomada de decisão Analytic Hierarchy Process (AHP), o qual permite verificar a importância de cada elemento condicionante do processo erosivo, atribuindo-se pesos distintos e gerando uma hierarquia para a produção do resultado. A tese usou sete critérios para análise e confecção dos cenários, sendo eles: geologia, geomorfologia, curvatura da encosta, declividade, precipitação, solos, cobertura e uso da terra. Os resultados foram divididos em três partes, a primeira aborda as unidades de paisagem e os índices morfométricos aplicados na bacia. A segunda elenca o grau de suscetibilidade a erosão linear para os critérios individualmente e em seguida a hierarquização destes, na constituição dos cenários. A última parte valida a metodologia e os resultados da suscetibilidade a erosão. Os índices morfométricos evidenciaram que a bacia é: pequena, alongada, contorno irregular, naturalmente não está sujeita a grandes inundações, possui em média altitude baixa indo de 76 até 267 m, declividade de 0 o a > 27 o, tendo 3,97 km3 de volume erodido, é bem drenada com densidade de drenagem de 2,186 km/km2, o canal principal tem 25 km de extensão, nível intermediário de sinuosidade e a bacia hidrográfica é de 5 o ordem. A associação dos elementos naturais e antrópicos na BHRA permitiu a constituição de 4 unidades de paisagem: colinas de topos estreitos e usos diversos, colinas de topos largos e culturas temporárias, planície fluvial urbanizada e planícies e colinas dissecadas com usos diversos. O diagnóstico dos cinco cenários demostrou resultados diferentes para os três níveis de suscetibilidade a erosão. Os condicionantes aos processos erosivos foram: cobertura e uso da terra, declividade, precipitação, solos, formato da encosta, relevo e estrutura geológica. A suscetibilidade alta de ocorrência da erosão na BHRA está associada, principalmente, aos elementos: encostas das colinas, solos bem desenvolvidos, maiores declividades, precipitação e o cultivo da cana-de-açúcar. Os resultados reafirmam a importância da tese em analisar o grau de susceptibilidade aos processos erosivos lineares, pois os prejuízos causados pela erosão linear são de conjuntura ambiental, econômica, política e social.