A proliferação de dissidências: desordem cotidiana e trabalho no cinema latino - americano contemporâneo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: RAMALHO, Fábio Allan Mendes
Orientador(a): PRYSTHON, Ângela Freire
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3067
Resumo: Neste estudo, analisamos algumas das narrativas do cotidiano no cinema latinoamericano contemporâneo, atribuindo ênfase às imagens e representações do trabalho presentes em filmes como Y tu mamá también (2001), Whisky (2004), Silvia Prieto (1999) e Los guantes mágicos (2003), tomados como eixos a partir dos quais buscamos configurar panoramas e traçar recorrências, remetendo ora a produções anteriores dos realizadores destas obras, ora a outras referências significativas do mesmo período. Para tanto, assumimos a perspectiva dos estudos culturais em seus entrecruzamentos com a crítica cultural latinoamericana , recorrendo ainda a teorias da cotidianidade e da vida diária. Ao discutir de que forma estas narrativas recolocam o estatuto do político no cinema da região, destacamos primeiramente um movimento: dos discursos militantes a olhares mais fragmentados, centrados no detalhe e no ordinário. A partir daí, refletimos sobre como tais obras se relacionam a um imaginário trânsfuga que recupera as potências da evasão e a possibilidade de um tênue deslizar entre as múltiplas esferas do cotidiano como formas de sonhar a fuga em meio às constrições de um meio social e de um universo laboral opressivos. Neste sentido, buscamos pensar este anseio a partir da idéia de dissidências duplamente configuradas: ímpetos que escapam tanto aos imperativos de uma ética militante quanto aos assédios de uma cultura de mercado que distribui, desigualmente, oportunidades e carências