Triagem de novas variantes e estudo de expressão de genes transportadores de fosfato inorgânico em pacientes com calcificações cerebrais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: PIMENTEL, Lylyan Fragoso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35316
Resumo: As Calcificações Cerebrais Familiais Primárias (CCFP) são uma condição neuropsiquiátrica rara caracterizada pela deposição mineral simétrica e bilateral nos núcleos da base e outras áreas do cérebro. Quatro genes com variações com padrão de herança autossômico dominante, foram identificados até o momento: SLC20A2, XPR1, PDGFβ e PDGFRβ. O presente trabalho teve como objetivos o sequenciamento dos genes supracitados, seguido do sequenciamento do exoma dos pacientes de uma família sem variação nesses alvos, e o estudo da expressão de genes transportadores de fosfato. Em 56 pacientes foram encontradas variantes classificadas como patogênicas ou provavelmente patogênicas (34 probandos) e com significado incerto (11 probandos). Os achados clínicos de 54 indivíduos foram analisados: 81,5% reportaram sintomas (parkinsonismo (54,5%), déficit cognitivo e distúrbios psiquiátricos (43,2%, cada)). Em dois pacientes brasileiros identificamos a variação frameshift p.(Pro397AlafsTer18) que causa um stop códon prematuro e foi predita como patogênica pela ferramenta in silico MutationTaster. Parkinsonismo, afasia e acidente vascular cerebral foram relatados. O sequenciamento do exoma de uma família brasileira sem variação nos genes conhecidos em associação às CCFP, revelou variantes raras e preditas deletérias por ferramentas in silico, em genes ligados ao metabolismo de cálcio. Análises posteriores excluíram esses candidatos e a busca por um novo gene causal das CCFP encontra-se em andamento. Nos pacientes com variações patogênicas no SLC20A2, o estudo de expressão revelou um decréscimo de 40% nos níveis de mRNA. Em contrapartida, não foram detectadas alterações nos indivíduos sem variação nesse gene ou nos outros três ligados à doença. Também não foi observada diferença significativa na expressão dos genes SLC20A1 e XPR1 entre os grupos estudados (pacientes com mutação e sem mutação, e grupo controle). Os achados sugerem que variações patogênicas no SLC20A2 modulam a sua expressão e que as calcificações per se, não são capazes de afetar os perfis de expressão dos genes SLC20A2, SLC20A1 e XPR1. Não encontramos evidências de um possível mecanismo de corregulação ou de compensação entre os genes transportadores de Pi à nível de mRNA.