O corpo materno em Without a name e Butterfly burning, de Yvonne Vera: tensões, transgressões e resistências

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mendes, Maria Elizabeth Peregrino Souto Maior
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Paraíba
Brasil
Letras
Programa de Pós-Graduação em Letras
UFPB
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/11966
Resumo: A presente tese, “O corpo materno nas obras Without a Name e Butterfly Burning: tensões, transgressões e resistências”, trata do estudo das representações do corpo feminino e da maternidade na ficção da escritora zimbabuense Yvonne Vera. Para tanto, elegemos como corpus os dois romances supramencionados, publicados em 1994 e 1998, respectivamente. A fim de obtermos uma compreensão do aspecto provocativo da escrita veriana, consideramos necessário localizar a escritora em seu contexto e seus percursos para, em seguida, traçar um panorama da escrita de mulheres negras com as quais sua literatura dialoga, sua importância e temas centrais, utilizando, para tal, as contribuições teóricas de Kimberlé Crenshaw, Hazel Carby e Patricia Hill-Collins, no que concerne aos estudos interseccionais, a fim de entender como raça, classe e gênero se inter-relacionam nas produções literárias afro-americana e africana criadas por mulheres. A essas propostas teóricas, aliamos um olhar revisionista sobre os estudos pós-coloniais (Said; Ashcroft et al; Boehmer; Loomba; Spivak; Young), para tratar das questões que elegemos como nosso foco central a partir de perspectivas que resistem ao apagamento da voz do/a colonizado/a. Além disso, investigamos o papel da maternidade nas teorias feministas ocidentais, segundo Rich, Chodorow e O?Reilly, contrapondo a essas a teorização das acadêmicas nigerianas Oyewumi e Nnaemeka, buscando uma melhor compreensão e possibilidade de análise dessa temática nas narrativas selecionadas de Vera. Por fim, destacamos as tensões e problematizações presentes na representação do corpo materno na ficção veriana, constatando as formas transgressoras através das quais a autora configura as personagens Mazvita e Phephelaphi.