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Biologia reprodutiva e citogenética de espécies simpátricas de croton l. (Euphorbiaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Amanda de Souza lattes
Orientador(a): Felix, Leonardo Pessoa lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Paraíba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade
Departamento: Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/29694
Resumo: O gênero Croton frequentemente apresenta-se nas comunidades vegetais com diversas espécies simpátricas sem clara evidência de hibridização interespecífica. Com o objetivo de avaliar a existência de barreiras de isolamento reprodutivo e o potencial de hibridização entre essas espécies, foram avaliados diferentes aspectos da biologia reprodutiva de três espécies simpátricas de Croton (C. heliotropiifolius, C. jacobinensis e C. urticifolius), em três populações diferentes, por meio de mecanismos de isolamento reprodutivo pré-zigóticos (sincronia de floração, biologia floral e visitantes florais de cada espécie), como pós-zigóticos (formação de sementes após experimentos de polinização controlada e análises citogenéticas). Além disso, foram analisados também os cariótipos de mais 12 espécies do gênero, e levantados todos os números cromossômicos previamente conhecidos, e analisados num contexto filogenético, a fim de identificar o número básico ancestral. A fenologia reprodutiva das espécies variou entre as populações, porém foi possível observar um grau significativo de sincronia floral das espécies dentro das populações. Há o compartilhamento de polinizadores entre elas, sendo os visitantes mais frequentes: Apis sp., e Trigona sp., que visitam as flores à procura de néctar. São autocompatíveis, com formação elevada de frutos, sem diferenças significativas com relação à formação de frutos naturais e intraespecíficos. Esses resultados apontam fracas barreiras reprodutivas pré-zigóticas para essas espécies simpátricas de Croton. Por outro lado, essas espécies são intercompatíveis com formação de frutos interespecíficos, o que sugere a ocorrência de uma barreira de isolamento reprodutivo pós-zigótica incompleta, possibilitando a formação de híbridos interespecíficos. As três espécies também apresentam número cromossômico 2n = 20, mas com diferentes padrões de heterocromatina. Diferenças cariotípicas em número e estrutura cromossômica geralmente constituem eficientes barreiras de isolamento reprodutivo pós-zigótico. Esses resultados associados com o estudo da germinação das sementes ainda em andamento, sugerem a necessidade de uma melhor investigação nas barreiras de isolamento reprodutivo pós-zigotico para espécies simpátricas de Croton. Dentre as demais espécies do gênero analisadas citogeneticamente, a maioria também apresentou 2n = 20, exceto uma população de Croton pulegioides (2n = 22) e C. limae (2n = ca.100). Cinco das espécies analisadas não possuíam registros prévios de contagens cromossômicas: C. limae com 2n = ca.100, e C. rudolphianus, C. tricolor, C. adamantinus, e C. grewioides com 2n = 20. Todas as espécies apresentaram duas bandas heterocromáticas CMA+/DAPI– maiores, localizadas nos terminais dos braços curtos de um par cromossômico correspondente a RON, exceto C. rudolphianus, C. urticifolius e C. sellowii, que tiveram a RON proximal. Todas as espécies apresentaram regiões distais de todos os braços cromossômicos (exceto as RONs), fortemente corados com DAPI. As análises de filogenia molecular combinadas com registros de contagens cromossômicas mostraram que o número básico x = 10 é o mais provável para o gênero. Embora algumas espécies apresentem números básicos diferentes de x = 10, como C. xalapensis (x = 32), C. ruizianus (x = 8) e C. sarcopetalus (x = c.60), estes números não obtiveram valores significativos de Proportional Likelihoods para o número básico ancestral do gênero.