Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Muniz, Mygeive Sheldon Ferreira
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Orientador(a): |
Silva, Alexandre Sérgio
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Paraíba
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa Associado de Pós Graduação em Educação Física (UPE/UFPB)
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Departamento: |
Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/30516
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Resumo: |
Pesquisas demonstram que o nitrato presente em hortaliças como a beterraba, possui efeitos vasodilatadores e promove redução da pressão arterial. Similar ao nutriente, o exercício físico atua como uma abordagem eficaz para a promoção da hipotensão pós-exercício (HPE), entretanto, ainda é pouco conhecido o efeito agudo do suco de beterraba na pressão arterial e estresse oxidativo em hipertensos. O objetivo do estudo é avaliar seu efeito agudo na HPE desses indivíduos. Ensaio clínico de braço único crossover randomizado, controlado e cruzado executado com 13 hipertensos de 30 a 60 anos que realizaram três condições em que foram suplementados com 500 ml de suco de beterraba com exercício (BET+EX), 200 ml de bebida mista com exercício (BM+EX) e 250 ml de água antes do controle sem exercício (CON). Duas horas depois realizaram exercício aeróbio em esteira com duração 40 minutos cada sessão. A pressão arterial (PA) clínica foi medida antes e durante recuperação de 60 minutos a cada 10 minutos após o exercício ou repouso. Analisou-se nitrito plasmático, capacidade antioxidante total e malondialdeído. ANOVA two-way para medidas repetidas foi adotada para comparar diferenças na HPE sistólica, diastólica, frequência cardíaca e percepção subjetiva de esforço. A análise estatística exibiu diferenças significativas no nitrito plasmático entre o suco de beterraba e bebida mista (BM+EX:42,6 ± 8,8 μM vs. BET+EX: 59,9 ± 9,1 μM, p=0,037) ao longo da intervenção, contudo não houve mudanças para a capacidade antioxidante total (CAOT) e malondialdeído (MDA). BET+EX promoveu HPE sistólica (PAS: 132,7 ± 11,7 para 121 ± 19,1 mmHg aos 60 minutos pós exercício, p<0,001), entretanto não promoveu HPE diastólica (PAD: 87,7±13,9 para 82,5±13,2 mmHg, p=0,074). BM+EX promoveu resposta hipotensora sistólica (PAS:129,4±12,6 para 123,1±12,8 mmHg, 60 minutos pós-exercício, p<0,001), sem HPE diastólica (PAD: 88,2±7,4 para 85,5±9,8 mmHg, p=0,074). CON não promoveu nem HPE sistólica (PAS: 127,3±16,9 para 124,5±17,1 mmHg, aos 60 minutos durante repouso p<0,001), nem diastólica (PAD: 86,6±8,4 para 84,6±9,1 mmHg, p=0,074). Diferenças significantes foram observadas na interação tempo para resposta hipotensora sistólica nos primeiros 30 minutos (BET+EX:-12,3± 2,8; BM+EX: -11,3±2,6; CON: -0,4±2,3 mmHg, p=0,041) e 40 minutos pós-exercício (BET+EX:-18,1±2,9; CON:-2,4±3,1 mmHg, p=0,012). Diferenças não foram percebidas entre BET+EX e BM+EX (p=1,0). A magnitude da HPE diastólica não foi diferente entre os procedimentos (p=0,217). Houve redução significativa da pressão arterial sistólica após única sessão de exercício, diferentemente da pressão arterial diastólica. A resposta hipotensora não foi aprimorada e o estresse oxidativo não foi incrementado em função do suco de beterraba. |