Relação entre a disartria, saúde mental e qualidade de vida de pessoas com esclerose lateral amiotrófica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Nunes, Renata Lígia Lima Batista lattes
Orientador(a): Almeida, Anna Alice lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Paraíba
Programa de Pós-Graduação: Programa Associado de Pós Graduação em Fonoaudiologia (PPgFon/UFPB/UFRN/UNCISAL)
Departamento: Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Voz
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/31335
Resumo: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa, que leva a fraqueza dos músculos de todo o corpo, comprometendo funções vitais, entre elas a fonação. Além do impacto na saúde física, a saúde mental e qualidade de vida das pessoas acometidas pela doença é fortemente afetada. Assim, é necessária uma abordagem interdisciplinar para garantia da qualidade de vida destes indivíduos, já que não há cura para a doença. Esta Dissertação é dividida em dois artigos. O artigo 1 intitula-se “Alteração vocal e fatores associados em pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)”, cujo objetivo foi verificar se existe correlação entre o tempo de diagnóstico, progressão da doença, pico de fluxo de tosse, desvantagem vocal e presença de alteração vocal/fala em pacientes com ELA. Trata-se de um estudo secundário, observacional de segmento transversal por meio de um banco de dados do LIEV, onde foram coletados os dados relacionados aos questionários: “Índice de Desvantagem Vocal (IDV-10)” e “Protocolo de Avaliação Funcional da Esclerose Lateral Amiotrófica (ALFRS-R)”. Coletou-se amostra de fala para posterior julgamento perceptivo-auditivo (JPA) e o resultado do exame de “Peak Flow”. Participaram pacientes com diagnóstico de ELA, maior parte do sexo masculino e do tipo apendicular. Encontrou que pacientes com ELA possuem desvantagem e alteração vocal, alteração de pico de fluxo de tosse, e que existe correlação entre o tempo de diagnóstico e presença de alteração vocal nestes pacientes. O artigo 2 intitulado “Avaliação das disartrias e transtornos mentais em pacientes com ELA”, teve como objetivo investigar se há impacto na voz, fala, transtornos mentais e qualidade de vida de indivíduos com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), bem como verificar se há relação entre a autopercepção de qualidade de vida e transtornos mentais com variáveis clínicas em indivíduos com ELA. Trata-se de um estudo observacional e transversal. Participaram adultos e idosos, de ambos os sexos, divididos em dois grupos: caso, formado por pessoas com diagnóstico de ELA, e controle, por indivíduos saudáveis.Houve associação significativa entre GG, pitch, loudness e inteligibilidade de fala no JPA e a presença de ELA (Tabela 2). Não houve diferença estatística na comparação dos dados acústicos (Fo, jitter, shimmer, HNR, CPPS) dos grupos (Tabela 1) e nem associação significativa da presença de ELA com as outras variáveis perceptivoauditivas (rugosidade, soprosidade, astenia e tensão) (Tabela 2). Não houve significância estatística nas análises de correlação entre SRQ-20 e VcD e variáveis clínicas o que também inclui JPA e medidas acústicas (Tabela 3). Pacientes com ELA possuem comprometimento da qualidade de vida e saúde mental, bem como alteração vocal decorrentes das alterações disátricas quando comparados com indivíduos saudáveis. Também foi observada associação significativa entre grau geral da intensidade do desvio vocal, pitch, loudness e inteligibilidade de fala e a presença de ELA.