Mobilização e cidadania : o ciberativismo na África francófona

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rhukuzage, Serge Katembera lattes
Orientador(a): Matos, Teresa Cristina Furtado lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Paraíba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Departamento: Sociologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/29918
Resumo: Este trabalho é dedicado ao fenômeno contemporâneo do ciberativismo na África francófona. O principal argumento do estudo é que tanto os movimentos sociais contemporâneos quanto os protestos públicos na internet fazem parte de uma longa tradição de mobilizações sociais na África durante a primeira metade do século XX. De fato, a partir de entrevistas realizadas com diversos atores digitais da África, principalmente os próprios ativistas, detectamos em suas demandas temas caros aos chamados movimentos de emancipação afro-diaspóricas ditos pan-africanistas. Conceitos como o transnacionalismo ou a unidade de destino como consequência da identidade racial são mobilizados no âmbito de ações de sensibilização nas internets africanas. Notamos também que um conceito particular de cidadania é adotado por esses ativistas, trata-se da noção de civismo. Partindo do conceito de evergetismo em Paul Veyne (2015), voltamos às origens do conceito de cidadania para compreender sua recepção na África francófona. Por fim, este trabalho propõe uma ação militante coordenada entre ciberativistas do Atlântico negro na medida em que se torna óbvio que a globalização constrói poderes soberanos solidários entre si em suas dinâmicas repressivas. Trata-se, portanto, de lhes opor resistência à escala do Atlântico Negro. Do ponto de vista da metodologia, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com uma dezena de ativistas originários de alguns países africanos e de Haiti. Para isso diversas técnicas de coletas de dados foram utilizadas, especialmente com o suporte das novas mídias e plataformas digitais tais como o WhatsApp e o Skype. O tratamento das entrevistas se beneficiou da perspectiva da história dos conceitos útil para determinar seu uso em determinados contextos.