O efeito adicional da microeletrólise percutânea em pacientes com tendinopatia do manguito rotador : um ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Magalhães, Geraldo Carvalho lattes
Orientador(a): Oliveira, Valéria Mayaly Alves de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Paraíba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia
Departamento: Fisioterapia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/29932
Resumo: Introdução: A tendinopatia do manguito rotador é a principal causa de dor no ombro e perda funcional em adultos no Brasil. Estima-se que sua prevalência na população brasileira está entre 5% e 33%. Estudos comprovam que o tratamento conservador pode envolver exercícios físicos e eletroterapia. A microeletrólise percutânea (MEP) é um método terapêutico minimamente invasivo que tem sido usado com bons resultados nas tendinopatias, embora as evidências acerca de seu uso isolado ou associado aos exercícios físicos ainda não estão bem definidas. Objetivo: Comparar um programa de exercícios específicos para o ombro com e sem a adição da MEP na dor e função do ombro em pessoas com tendinopatia do manguito rotador. Materiais e métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado controlado, paralelo, simples cego no qual quarenta e dois sujeitos com diagnóstico de tendinopatia do manguito rotador foram aleatoriamente alocados e divididos igualmente em 2 grupos de 21 sujeitos: grupo experimental (GE) e grupo controle (GC). Ambos foram submetidos a um protocolo clínico de exercícios terapêuticos, mas apenas o GE recebeu tratamento adicional com MEP. Para avaliar os desfechos desse estudo foram usados o questionário para função do ombro SPADI (Shoulder Pain and Disability Index) e a EN (Escala Numérica) para avaliação da dor, aplicados antes e 8 semanas após o protocolo de tratamento de 6 sessões presenciais e supervisionadas por profissional. A todos participantes foram recomendados a prática domiciliar de exercícios terapêuticos. Resultados: Foram observadas mudanças positivas tanto no desfecho dor quanto na função em ambos os grupos, com diminuição da pontuação no GE para o SPADI (DM= -35,76; IC95%= -47,77 a -23,76; p<0,001) e para a EN (DM= -3,19; IC95%= -4,45 a -1,94; p<0,001), assim como no GC para o SPADI (DM= -38,26; IC95%= -50,45 a -26,07; p<0,001) e EM (DM= -3,99; IC95%= -5,27 a -2,72; p<0,001), porém não houve diferenças estatisticamente significantes entre grupo, tanto para função (DM= 7,17: IC95%= -7,02 a 21,35; p=0,317) quanto para dor (DM= 1,23; IC95%= -2,54 a 0,07; p=0,064) . Conclusão: Os achados deste estudo não permitem afirmar que a adição da MEP a um programa de exercícios terapêuticos seja mais eficaz que o uso isolado desse último, embora os dois protocolos tenham alterado positivamente as variáveis de dor e função.