Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Josileide Carmem Belo
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Orientador(a): |
Marini, Fillipe Silveira
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Paraíba
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrárias (Agroecologia)
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Departamento: |
Agricultura
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/32084
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Resumo: |
Ao longo dos anos a sociedade tem apresentado grande nível de desigualdades em vários aspectos, sobretudo entre homens e mulheres, como por exemplo, nas relações de trabalho quer seja nas atividades desenvolvidas em domicílio ou tarefas executadas em espaços de trabalho. Por isso, inseridas em um meio patriarcal, onde por vezes as mulheres já nasciam com seus destinos traçados, sendo toda a sua vida voltada para o aprendizado de como cuidar de filhos, marido e afazeres domésticos, não era oportunizado a outros aprendizados. A presente pesquisa teve por objetivos analisar a percepção das mulheres que vivem em meios rurais sobre a sua inserção em espaços de trabalho no campo e de feira livre, e identificar os processos de tomada de decisões das agricultoras vinculadas às redes de feiras agroecológicas existentes na região metropolitana de João Pessoa. O estudo foi desenvolvido com agricultores familiares vinculados à três associações: Ecovárzea, Ecocap e Ecosul, estas associações são partes integrantes da Rede de Feiras Agroecológicas da região metropolitana de João Pessoa PB. A coleta de dados aconteceu através de visita de campo, aplicação de questionário, conversas e observações do ambiente. Em todas as feiras foram aplicados dois questionários um qualitativo e um quantitativo. No questionário quantitativo também foi utilizada perguntas objetivas com escala de 1 (um) a 6 (seis), onde o número um referese a “não contribui” e o seis “contribui plenamente”. Utilizou análise descritiva e programa estatístico SAS para o tratamento dos dados. De acordo com os resultados, a frequência de homens nas feiras é superior as mulheres. No entanto, as mulheres em maioria possuem uma frequência maior de autonomia nas questões relacionadas aos cuidados de casa e com os filhos. As práticas produtivas desenvolvidas nos assentamentos familiares são agroecológicas, além de contribuir com a preservação do meio ambiente, o que proporciona alimentos saudáveis. E tais práticas acontecem com a participação feminina. Apesar de haver divisões de trabalho, já que algumas atividades seguem sendo desenvolvidas em maioria pelos homens, observou-se um avanço progressivo na participação das mulheres nas tomadas de decisões. Verificou-se a presença de desigualdades de gênero, invisibilidade de trabalhos, principalmente na criação de animais e a ausência de poder em tomada de decisões, nas questões que historicamente são designadas para homens como a gestão do dinheiro. Portanto, a feira é um espaço em que todos, homens e mulheres trabalham e colaboram coletivamente para o desenvolvimento de ações que visem fortalecer a participação do núcleo familiar. E no tocante para a mulher, a feira é um espaço especial e com significado, onde elas se inserem no mercado de trabalho, auxiliam na renda familiar e trabalham com perspectivas de constante desenvolvimento do protagonismo e empoderamento feminino. |