"Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje": um estudo sobre pré-crastinação em estudantes universitários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pereira, Andrêsa Fernanda Gomes lattes
Orientador(a): Gouveia, Valdiney Veloso lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Paraíba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Departamento: Psicologia Social
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/31486
Resumo: A presente dissertação objetivou conhecer em que medida os traços de personalidade, a ansiedade e os valores humanos explicam o fenômeno da pré-crastinação. Para isso, foram desenvolvidos três estudos, sendo aqui estruturados em três artigos. O Artigo 1, de natureza teórica, objetivou reunir conceitos, definições e principais características bem como as convergências e divergências com a procrastinação. No artigo 2, propôs-se a elaboração da Escala de Pré-crastinação (EP), reunindo evidências de sua validade e adequação psicométrica. À vista disso, foram realizados dois estudos, com amostras de estudantes do ensino superior, no Estudo 1, participaram 200 estudantes (Midade = 23,80; DP = 7,9) que responderam a versão inicial da EP, composta por 25 itens e questões sociodemográficas. Uma análise fatorial exploratória e uma estrutura tridimensional constituída de 18 itens que apresentaram consistência interna satisfatória (ω = 0,85). No estudo 2, buscou-se confirmar a estrutura encontrada no estudo anterior, desse modo, participaram 200 estudantes (Midade = 24,42; DP = 7,67) que responderam a versão da EP com 18 itens. Por meio de uma análise fatorial confirmatória, foi possível comprovar a estrutura tridimensional: Antecipação da tarefa (ω = 0,89) Gestão de tarefas (ω = 0,75) e Sentimentos frente à tarefa (ω = 0,66); [χ² = 232,658; p< 0,001; χ²/gl = 1,76; CFI = 0,92; RMSEA = 0,06 e TLI = 0,91, apresentando evidências de fatorabilidade e adequação da EP. Dando seguimento, no Artigo 3 que objetivou explicar a précrastinação a partir dos traços de personalidade, a ansiedade e os valores humanos, de forma específica, buscaram-se (1) conhecer a relação entre pré-crastinação, traços de personalidade, ansiedade e valores humanos e (2) entender o papel dos traços de personalidade, ansiedade e valores humanos na explicação do fenômeno da pré-crastinação. Para tanto, contou-se com 400 estudantes do ensino superior (Midade = 23,18; DP = 5,1), os participantes responderam a questões sociodemográficas e aos seguintes instrumentos: Escala de Pré-crastinação (EP), Dark Triad Dirty Dozen (DTDD), Light Triad Scale (LTS), a Escala Cognitiva de Ansiedade e o Questionário dos Valores Básicos (QVB). Os resultados obtidos evidenciaram que a précrastinação se correlacionou com os traços de personalidade sombria e luminosa, a ansiedade e os valores de existência, realização, normativo, suprapessoal e interativo, sendo possível comprovar as hipóteses delineadas. Face ao exposto, estima-se que os objetivos propostos foram alcançados, com a construção de uma medida que reuniu evidências psicométricas de validade fatorial e consistência interna, além de contribuir com a disseminação e o entendimento frente uma tendência comportamental tão relevante, partindo não só de suas origens, mas também dá relação com outros construtos.