Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Limão, Nayara Pereira
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Orientador(a): |
Morais, Maria do Socorro Trindade
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Paraíba
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/32071
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Resumo: |
A avaliação dos serviços estrutura-se como uma ferramenta que auxilia a gestão, quanto organização dos serviços, contribuindo para a tomada de decisão em saúde. O Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), com o objetivo de atuar na melhoria da qualidade e do acesso aos serviços de saúde. O programa foi iniciado em 2011 teve seu término em 2019, onde foram realizados três ciclos. O presente estudo, de caráter observacional, analítico e transversal, de base secundária, objetiva analisar se a estrutura das UBS e a organização das eSB estão associados ao acesso à atenção odontológica ofertada na AB na Paraíba, considerando o porte populacional dos municípios, segundo os dados do 3° ciclo de avaliação externa do PMAQ-AB. Utilizou-se o Módulo III - (Entrevista com o usuário na UBS), para análise do acesso aos serviços; o Módulo V- (Observação na UBS), para verificação da infraestrutura das unidades e o Módulo VI (Entrevista com o profissional da eSB e verificação dos documentos na UBS), para analisar a organização do processo de trabalho das equipes. Realizou-se análise descritiva e análise inferencial por meio da regressão logística, considerando como variável desfecho referente ao acesso “O(a) senhor(a) consegue marcar atendimento com o dentista nesta unidade de saúde?”. Foram estimadas as Razões de Chances (Odds Ratio – OR) para o desfecho, considerando α=0,05. O ajuste para o modelo foi realizado a partir do teste de Hosmer e Lemeshow. Como resultados, observou-se que quase a totalidade dos usuários da AB da Paraíba conseguem marcar atendimento com o dentista, com maior percentual encontrado para os usuários de municípios de pequeno porte I (98,1%). Os modelos de regressão demonstraram as seguintes associações para o modelo referente aos municípios de pequeno porte I: a UBS não dispor de anestésico sem vasoconstritor (OR=2,86) e o atendimento clínico da equipe não garantir atendimento agendado/programado (OR=4,26). Para o modelo referente aos municípios de pequeno porte II: a presença de fios expostos, soltos ou desencapados (OR=0,11). Para municípios de médio porte: a UBS não dispor de cimento de hidróxido de cálcio (OR=7,28) e de material limpeza de instrumental e brocas em quantidade suficiente (OR=31,29). Já para o modelo referente aos municípios de grande porte, os fatores associados foram: a UBS não dispor de anestésico tópico (OR=8,18); matriz metálica (OR=18,76); resinas fotopolimerizaveis (OR=4,37); não existir reserva de vagas na agenda da eSB um horário de fácil acesso ao profissional para que o usuário possa buscar e mostrar resultados de exames (OR=9,47) e os profissionais da eSB não realizarem acolhimento conjuntamente com a equipe de AB (OR=3,65).Conclui-se que os fatores associados à estrutura, organização e acesso aos serviços de saúde bucal diferem de acordo com o grupo de municípios e suas respectivas características populacionais. Há necessidade de uma atenção diferenciada, com reorganização do processo de trabalho, considerando as particularidades de cada grupo de municípios na Paraíba. |