Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Emmanuel Melquíades
 |
Orientador(a): |
Lima, Edeltrudes de Oliveira
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Paraíba
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos
|
Departamento: |
Farmacologia
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/30245
|
Resumo: |
Os fungos do gênero Penicillium apresentam ampla distribuição e são frequentemente isolados em ambientes que compreende desde lavouras, até hospitais. Suas espécies estão implicadas em diversas patologias, a exemplo penicilose, que acomete principalmente indivíduos imunocomprometidos. Em vista disso, e da elevada resistência fúngica aos antifúngicos atuais, tem-se impulsionado a busca por novos agentes antifúngicos. Para isso, as plantas medicinais e seus fitoconstituintes tem sido investigadas. Com base nisso, objetivou-se avaliar a atividade biológica do eugenol frente cepas de Penicillium citrinum. Para isso, foram realizados ensaios de determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM); Concentração Fungicida Mínima (CFM); efeito da associação entre eugenol e o antifúngico padrão anfotericina B; ação dos produtos na parede celular fúngica: ensaio com sorbitol e ação dos produtos sobre a membrana celular: interação com ergosterol. Além disso, foi avaliado o efeito citotóxico in vitro do eugenol sobre eritrócitos humanos. Ademais, o eugenol foi submetido aos sistemas (pkCSM e Osiris) para realizar a antevisão de parâmetros de drogabilidade e toxicidade. Do mesmo modo, o docking molecular foi realizado no AutoDock 4.2 com as proteínas envolvidas com a síntese e manutenção da membrana celular de P. citrinum. Assim observou-se forte atividade antifúngica sobre todas as cepas de Penicillium citrinum avaliadas, visto que a CIM determinada foi de 1 μg/mL e a CFM de 1 μg/mL, demonstrando ação fungicida. Ademais, a permanência da CIM do eugenol na presença de sorbitol e ergosterol, revelaram que esta molécula possivelmente não afeta a integridade diretamente da parede e da membrana plasmática de Penicillium citrinum. No estudo de associação entre o eugenol e a anfotericina B, foi verificado que estes possuem um efeito indiferente. Já nos estudos in silico, o eugenol apresentou importante biodisponibilidade oral e risco mutagênico, entretanto não foi citotóxico na avaliação do potencial hemolítico em eritrócitos humanos. O docking molecular, propõe a hipótese preditiva de que o eugenol liga-se possivelmente ao sítio ativo da CYP51, enzima responsável pela biossíntese do ergosterol, sugerindo dessa forma que o produto testado atua de forma direta na formação do ergosterol da membrana citoplasmática fúngica. Assim sendo, as evidências desta pesquisa apontam que o eugenol retrata como promissor e possível opção para o tratamento de infecções fúngicas causadas por Penicillium citrinum, e também nos processos de contaminação pelo fungo nas culturais vegetais. |