Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Emídio, Jeremias Justo
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Orientador(a): |
Sousa, Damião Pergentino de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Paraíba
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos
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Departamento: |
Farmacologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/30053
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Resumo: |
Nos últimos anos houve um aumento na incidência das doenças decorrentes de infecção fúngica, prevalecendo atualmente como importante fator de morbidade e mortalidade em humanos. A resistência fúngica à terapia farmacológica tem sido constatada em várias espécies, com destaque para o gênero Candida. Dessa forma, a busca por novos candidatos a fármacos é importante para o desenvolvimento de medicamentos mais eficazes. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo preparar e avaliar a atividade farmacológica de treze derivados benzoxazóis e benzotiazóis através de estudos in vitro, com a perspectiva de obter compostos biologicamente ativos e investigar parâmetros químicos relevantes para a bioatividade. Os compostos foram preparados por meio do acoplamento descarboxilativo de derivados do ácido cinâmico com um reagente acoplador e foram estruturalmente caracterizados por técnicas espectroscópicas de Infravermelho, Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio e Carbono Treze e Espectrometria de Massas de Alta Resolução. Dentre os produtos obtidos, seis compostos são inéditos. Em seguida, realizou-se os ensaios antifúngicos via a determinação da concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração fungicida mínima (CFM). Em adição, investigou-se o mecanismo de ação (sorbitol e ergosterol) frente à C. albicans, no qual evidenciou-se que a ação antifúngica ocorre tendo como alvo a membrana plasmática. A razão CFM/CIM determinou que os compostos 3, 6 e 7 possuem atividade fungistática (CFM/CIM ≥4), já os demais compostos exercem atividade fungicida (CFM/CIM <4) para as espécies avaliadas. Todos os compostos apresentaram atividade nas concentrações testadas (1000 a 7,81 μg/mL). O 2-benzil-5-metilbenzo[d]xazol (1) apresentou bioatividade forte contra C. krusei com CIM de 69,9 μM (15,6 μg/mL), moderada frente a C. albicans e fraca contra C. tropicalis, com CIM de 279,9 μM (62,6 μg/mL) e 559,8 μM (125,0 μg/mL), respectivamente. O 2-(2-fluorobenzil)-5-metilbenzo[d]xazol (2) por sua vez demonstrou bioatividade moderada com CIM igual a 250,0 μM (62,5 μg/mL) contra C. krusei e apresentou fraca atividade contra C. albicans e C. tropicalis com CIM de 1036,9 μM (250,0 μg/mL). A análise da relação estrutura-atividade dos compostos 1-5, todos com uma metila ligada ao carbono 5 do núcleo benzoxazóis, evidenciou que a inserção de grupos substituintes no anel benzílico reduz a potência farmacológica. Os benzotiazóis 6-9, sem substituição no anel benzotiazol, e os benzoxazóis 10-13, com um átomo de cloro ligado ao carbono 5 do núcleo benzoxazol, também exibiram bioatividade variando de muito fraca a fraca, independentemente das substituições no anel benzílico. De forma geral, os compostos bioativos podem representar um importante ponto de partida no planejamento futuro de novos candidatos a fármacos antifúngicos. |